IN MEMORIAN : LEONARD NIMOY – ADEUS SR.SPOCK

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Essa notícia me deixou muito triste, pois Leonard Nimoy sempre foi um dos  meus ídolos desde criança. Apesar do Sr.Spock simbolizar o uso da lógica, suas atitudes nos episódios e filmes de “Star Trek” sempre o fizeram o personagem mais humano, mais interessante, mais…. fascinante. Há alguns anos, o ator, já aposentado lutava contra uma doença pulmonar crônica, mas ainda fazia aparições esporádicas no cinema e tv como nos dois últimos filmes de Star Trek e na serie The Big Bang Theory. Ator, diretor, autor e também fotógrafo, Nimoy era muito mais que apenas o vulcano favorito da cultura pop mundial. Não dá para falar muito sem se emocionar, e espero compreendam. Que fique em seu epitafio a frase que tomou conta de nossos corações “Vida Longa & Próspera”. A dele sem dúvida foi assim. Que descanse em paz !!!

por Adilson Cinema

ESTREIAS DA SEMANA: EM CARTAZ A PARTIR DE 26 DE FEVEREIRO

O DUPLO

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(The Double) EUA 2015. Dir: Richard Ayoade. Com Jesse Eisenberg, Mia Wasikowska, Sally Hawkins. Drama / Suspense. Adaptação da obra de Fiodor Dostoiévski sobre dois homens de perfeita semelhança física mas diametralmente opostos em sua personalidade. Simon é tímido, introspectivo e vive invisível aos olhos das pessoas, incluindo a própria mãe e a mulher que ama. Surge então James, um sósia por quem fica obcecado já que ele é o oposto de Simon, bem sucedido com as mulheres e extrovertido.

TINKER BELL & O MONSTRO DA TERRA DO NUNCA

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(Tinker Bell & The Legend of the Neverbeast) EUA 2015. Dir: Steve Loter. Vozes : Lucy Liu, Mae Whitman, Angela Barthys. Animação. Sexto filme da fada Sininho que agora só é chamada pelo seu nome original, Tinker Bell. A história aqui é mais centrada em outra fadinha, Fawn (Barthys) que cuida dos animais e se encanta com uma gigantesca criatura, o tal monstro da terra do nunca que causa medo e pânico em todas. Cabe a Fawn pedir ajuda a Tinker para provar que o grandão não é mal apesar das aparências.

SUPERPAI

superpai

Bra 2015. Dir: Pedro Amorim. Com Danton Mello, Giselle Itiê, Rafinha Bastos, Danillo Gentille. Comédia. Diogo, que no passado era o garoto mais popular do colégio, precisa dar um jeito de cuidar do filho justamente na noite da reunião dos antigos amigos de infância, despertando uma série de confusões.

por Adilson Cinema

PRIMEIRA IMAGEM : JASON MOMOA – O AQUAMAN

Aquaman

O diretor Zach Snyder divulgou há poucos dias a primeira imagem do herói Aquaman, que será visto no vindouro “Superman & Batman : Dawn Of Justice” e, eventualmente, em um filme solo. O visual, bem diferente dos quadrinhos para os quais o personagem foi criado por Mort Weisinger & Paul Norris em 1941 na revista “More Fun Comics” 73. Se sua lembrança do Rei da Atlântida é aquela do desenho dos Superamigos, esqueça.

por Adilson Cinema

OSCAR 2015 – LISTA DOS VENCEDORES

22:30 Horário de Brasília. A Festa começou com Neil Patrick Harris no palco cantando em uma bela montagem com várias cenas de filmes e acompanhado de Anna Kendrick (A Cinderela de “Os Caminhos da Floresta”) onde cita os filmes indicados e faz uma ode de amor aos filmes. Jack Black invade o palco em um hilário momento em que cita os heróis do cinema moderno.

Maureen O Hara e Harry Bellafonte

Entre as homenagens  estão a entrega do Prêmio humanitário Jean Hersholt ao cantor e ator Harry Belafonte e o Oscar Honorário pelo conjunto da obra a veterana atriz irlandesa  Maureen O’Hara (Rio Grande, Depois do Vendaval, Como era Verde Meu Vale), o diretor e animador japonês Hayao Miyazaki ( A Viagem de Chihiro) e o escritor japonês Jean-Claude Carriére (O Discreto Charme da Burguesia, Esse Obscuro Objeto de Desejo).  A nova geração de atores talentosos estava bem representado por Ansel Egort (A Culpa é das Estrelas) e Chloe Grace Moretz (Se eu Ficar) que apresentaram o prêmio de melhor efeitos visuais. O prêmio de melhor animação provou mais uma vez o poder dos estudios Disney, que faturaram a estatueta com o ótimo “Operação Big Hero”. Apesar de acusado por muitos de ser muito intelectualizado, “interestellar” de Christopher Nolan faturou o prêmio de melhor efeitos visuais. Apresentado por Meryl Streap (a recordista de indicações da Academia) veio o sempre aguardado momento do “In Memorian”, que presta tributo às personalidades do mundo do cinema que desencarnaram, foi emocionante despedida de grandes nomes e encerrado com canção linda na voz de Jennifer Hudson. Os injustiçados desse ano Jennifer Aniston (de “Cake”) e o ator inglês David Oyelowo (de “Selma”, que aliás merecia melhor tratamento da Academia também por se tratar de um belíssimo filme biográfico sobre uma figura de grande importância, o pastor Martin Luther King Jr) estiveram no palco do Dolby Theater para apresentar o prêmio de melhor documentário.

JULIE GAGA

julie Andrews abraça Lady Gaga

Este lamentavelmente não ficou com “O Sal da Terra”, para o qual eu torcia por representar o Brasil, apesar de ser uma co-produção, mas com “Citizenfour” , uma produção sobre um escândalo de espionagem que também já havia conquistado o prêmio da “National Society of Film Critics”. Idina Menzel (a voz da Princesa Elza) chamou ao palco John Travolta e apresentaram o prêmio de melhor canção para a emocionante Glory do filme ” Selma” . Sem dúvida, uma forma da Academia se redimir por não ter reconhecido o valor desse ótimo filme produzido pela famosa Oprah Winfrey e que toca em um episódio que marcou não apenas o povo americano, mas todos que tenham consciência do valor da igualdade racial e que compartilhem do sonho de Martin Luther King, cuja passagem pela cidade que dá título ao filme é retratado no filme. Os 50 anos do clássico “A Noviça Rebelde” foram lembrados pela bela Scarlett Johanson (Eu particularmente sou apaixonado por esse filme) e Lady Gaga subiu ao palco para cantar “The Hills are Alive”, seguido de outra lady, a própria Julie Andrews que hoje em dia não pode mais cantar e foi merecidamente aplaudida de pé por todos. Seguem as premiações e às 2:10 a 87ª cerimônia dos Academy Awards termina. Resisti ao sono até agora. Difícil será ir trabalhar de manhã cedo.  Abaixo os premiados.

MELHOR FILME – Birdman

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MELHOR DIRETOR – Alejandro Iñarritu (Birdman)

MELHOR ATOR – Eddie Redmayne (A Teoria de Tudo)

MELHOR ATRIZ – Julianne Moore (Still Alice)

MELHOR ATOR COADJUVANTE – J.K. Simmons (Whiplash)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE – Patricia Arquete (Boyhood)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO – O Jogo da Imitação

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL – Birdman

MELHOR FOTOGRAFIA – Birdman

MELHOR FILME EM LÍNGUA ESTRANGEIRA – Ida (Polônia)

MELHOR ANIMAÇÃO – Operação Big Hero

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MELHOR CANÇÃO ORIGINAL – Glory de “Selma”

MELHOR TRILHA SONORA – O Grande Hotel Budapeste

MELHOR FIGURINO – O Grande Hotel Budapeste.

MELHOR MONTAGEM – Whiplash

MELHOR MAQUIAGEM & PENTEADO – O Grande Hotel Budapeste

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE – O Grande Hotel Budapeste

MELHOR EFEITOS VISUAIS – Interestellar

MELHOR CURTA METRAGEM – The Phone Call

MELHOR DOCUMENTÁRIO – Citizenfour

MELHOR EDIÇÃO DE SOM – Sniper Americano.

MELHOR MIXAGEM DE SOM – Whiplash

MELHOR DOCUMENTÁRIO CURTA – METRAGEM – Crisis Hotline: Veterans Press 1

MELHOR ANIMAÇÃO CURTA METRAGEM – Feast

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FEAST

CONTAGEM REGRESSIVA PARA HOJE A NOITE : OSCAR 2015

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Acompanhemos hoje à noite pela TNT com os premiados e homenageados do Oscar 2015. Comentários de Rubens Ewald Filho, mestre de cerimônias : Neil Patrick Harris. Aguardemos a festa que a contagem regressiva já começou e o resultado estará aqui no blog.

por Adilson Cinema

ESTREIAS DA SEMANA: EM CARTAZ A PARTIR DE 19 DE FEVEREIRO

SNIPER AMERICANO.

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(American Sniper) EUA 2015. Dir: Clint Eastwood. Com Bradley Cooper, Sienna Miller, Kyle Gallner, Biografia / Guerra. Um sniper, para quem não souber, é um atirador de elite, ferramenta essencial em uma máquina de guerra.o texano Chris Kyle foi um dos melhores do ramo, tendo matado mais de 1500 pessoas quando serviu às forças especiais da marinha americana no Iraque entre 1999 e 2009. Sua vida foi retratada no livro “American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Military History” escrito pelo próprio Chris Kyle junto a Scott McEwen e James Defelice, e que se tornou um best-seller por 13 semanas consecutivas no renomado jornal The New York Times. O filme, que seria dirigido por Steven Spielberg, já se tornou um sucesso de bilheteria quando estreou nos Estad, coroando o 34º trabalho de diretor do prolífico Clint Eastwood. A Academia de Ciências Cinematograficas de Hollywood aplaudiu e o indicou para 6 Oscars, incluindo melhor filme e ator para Bradley Cooper, também produtor do filme e que engordou 18 kilos para o papel.

UM SANTO VIZINHO

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(St.Vincent) EUA 2015. Dir: Theodore Melfi. Com Bill Murray, Naomi Watts, Melissa McCarthy, Terrence Hoeard, Jason Lieberheeden. Comédia Dramática. Vincent (Murray) é um veterano de guerra beberrão e desbocado que trava amizade com um menino de 12 anos (Lieberheden) que passa momento difícil com o divorcio dos pais. O diretor e roteirista escreveu a história do filme inspirado em sua própria vida já que ele adotou a sobrinha quando seu irmão morreu. O filme seria a principio feito com Jack Nicholson no papel de Vincent, mas este recusou e o papel foi para as mãos di igualmente talentoso Bill Murray, que foi indicado ao Globo de Ouro pelo papel.

DEIXA ROLAR

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(Playing It Cool) EUA 2015. Dir: Justin Reardon. Com Chris Evans, Michelle Monaghan, Ashley Tisdale, Anthony Mackie, Ioan Gruffud, Scottt Evans. Comédia Romântica. Um escritor (Evans) que nunca se apaixonou tentará de tudo viver um grande mulher quando conhece uma mulher já comprometida. Chris Evans, o Capitão América aparece em cena com Anthony Mackie, o Falcão e ainda trabalha ao lado de seu irmão na vida real, Scott Evans e Ioan Gruffud que foi o Senhor Fantástico quando Chris Evans fazia o Tocha Humana nos dois primeiros filmes do Quarteto Fantástico.

por Adilson Cinema

EM FILMAGEM : BEN HUR

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Esta imagem de nosso querido Rodrigo Santoro como Jesus Cristo é uma das primeiras imagens da refilmagem do clássico “BEN HUR” de 1959. Esta nova versão , a terceira, a adaptar o romance de Lew Wallace, está prevista para lançamento em 2016 e terá a direção do russo Timur Bekmambetov , o mesmo de “O Procurado” (2008) e “Abbaham Lincon – Caçador de Vampiros” (2012).

ESTREIAS DA SEMANA: EM CARTAZ A PARTIR DE 12 DE FEVEREIRO DE 2015

A CASA DOS MORTOS

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(Demonic)  EUA 2015. Dir: Will Canon. Com Frank Grillo, Megan Park, Maria Bello, Ashton Leigh. Terror. Filmes de casa mal assombrada são um nicho recorrente nas telas. Têm seus fãs entre os quais me incluo, mas é necessário admitir que é difícil fazer algo original quando tudo parece já ter sido feito a respeito, filmado e refilmado. Aguarde-se para breve, por exemplo, o remake de “Poltergeist” , clássico do gênero refeito para uma nova geração por Sam Raimi. Mas isso é assunto para outra hora. Esse “A Casa dos Mortos’ fala de um policial (Grillo) e uma psicóloga (Bello) que investigam uma casa que dizem ser possuída pelo demônio e foi a responsável pela morte de cinco amigos caça-fantasmas. Ao seu favor, o filme tem a mão do co-roteirista James Wan que também assinou o roteiro de “Sobrenatural 2” (2013), “Jogos Mortais” (2005) – esse nunca foi grande coisa para mim, além de ter sido o diretor do assustador e bem sucedido “Invocação do Mal”. O orçamento foi de $ 3 milhões, o que não significa muito.

CINQUENTA TONS DE CINZA

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(Fifty Shades of Grey) EUA 2015. Dir: Sam-Taylor Johnson. Com Dakota Johnson, Jamie Dornan. Romance Erótico. O best-seller de E.L.James ganhou espaço na mídia nos últimos anos, por seu conteúdo erótico acentuado que serve de têmpero para uma história de amor clichê. Estudante universitária retraída (Johnson, filha dos atores Melaine Griffith e Don Johnson) se envolve com um milionário sedutor e misterioso em uma relação de sado-masoquismo criada para satisfazer aos admiradores desse tipo de literatura. A história surgiu como um fan-fiction de “Crepúsculo” , antes da escritora transformá-la em uma trilogia. Sim, isso mesmo, ainda teremos mais 2 filmes. A linguagem propositalmente pesada, o comportamento subversivo, são reflexos de uma procura por romances mais físicos, menos romanceados, o que não significa que o filme não faça uso dos clichês de uma relação homem-mulher. Por exemplo, tem sequências embaladas por música romântica como o vôo de helicóptero por sobre Seattle, que ficaria melhor se fosse este uma comédia romântica tradicional. Muita coisa na adaptação foi suavizada para não espantar o público mais moralista,e o que fica acaba não provocando o efeito desejado. Consta inclusive que a autora do livro teria repudiado várias modificações feitas na tentativa de baixar a censura do filme, e deixá-lo pronto para lançamento próximo ao dia dos namorados americano, comemorado dia 14 de fevereiro. Inútil se perguntar se o filme vai ser bem sucedido já que as pré-vendas foram grandes e mesmo aqueles que não leram o livro verão o filme ainda que movidos por curiosidade.

ANNIE

Celebrity Sightings In New York City - December 2, 2013

(Annie) EUA 2015. Dir: Will Gluck. Com Quvenhazé Wallis, Jamie Foxx, Cameron Diaz. Drama. Refilmagem do filme homônimo de 1982, dirigido por John Houston, que por sua vez é uma adaptação da tira em quadrinhos “Little Orphan Annie” (1924) de Harold Gray, além de já ter sido também adaptado para a Broadway. Essa nova versão da história da menina orfã que busca um pai na figura do candidato a prefeito vivido por Jamie Foxx foi produzida por Will Smith e sua esposa Jada Pinkett Smith. Estes bem que tentaram colocar sua filha Willow no papel central, mas ela estava por demais velha para o papel, que se ajusta bem ao talento mirim da atriz Quvenhazé Wallis , de “Indomável Sonhadora”. O filme é uma boa diversão para família com momentos de drama e humor, mas foi duramente criticado lá fora, principalmente a atriz Cameron Diaz, no papel de vilã. Sua atuação é de fato bem caricatural e destoa da protagonista de 12 anos que já teve uma indicação ao Oscar por ocasião de “Indomável Sonhadora”. Para aqueles que, como eu, não gostam nada de Carnaval, pode ser uma boa pedida para fugir da folia.

por Adilson Cinema

ESPECIAL 50 ANOS : A NOVIÇA REBELDE

As montanhas estão vivas.

As montanhas estão vivas.

A música pode ser definida como a combinação harmoniosa e expressiva de sons, linguagem universal capaz de invadir os sentidos e despertar emoções diversas. Vem do grego antigo “Mousike”, que significa “a arte das musas” e que, conforme reza a cultura popular, espanta todos os males. No final da década de 20, foi o som da música que uniu uma família e a guiou por tempos turbulentos. Essa história real se tornou um livro, gerou um musical e um filme de sucesso que agora comemora 50 anos: A Noviça Rebelde.

Os verdadeiros Georg & Maria

Os verdadeiros Georg & Maria

Assisti “A Noviça Rebelde” pela primeira vez quando tinha 14 anos.Lembro que foi em uma exibição na TV (acho que foi na extinta Rede Manchete num dia de domingo) e nem sabia na época que se tratava de uma história real.  Claro que Julie Andrews era encantadora e seu jeito doce cativava a cada vez que ela cantava ou falava com aqueles personagens marcantes. Mesmo o Capitão Von Trapp sendo austero com os filhos, também era protetor e o afeto, muitas vezes escondido por traz de sua disciplina militar, é despertado pela ações de Julie. Contudo, devo confessar que meus olhos brilhavam mesmo era por Eleanor Parker (que eu lembrava de ter visto em “Scaramouche” de 1951) com sua beleza e finesse estonteante, mesmo se tratando de um papel de antagonista. O filme que salvou a 20th Century Fox (Esta teve um grande fracasso de bilheteria com “Cleopatra”) caberia a princípio a William Wyler (diretor do clássico “Ben Hur”) mas diferenças criativas o levaram a ser substituído por Robert Wise (de “O dia em que a Terra Parou” e “Desafio do Além”) que recusou o projeto três vezes antes de aceitá-lo. O filme adaptaria o musical da Broadway, encenado em 1959, que teve as canções escritas por Richard Rodgers & Oscar Hammerstein. Este por sua vez era baseado em uma história verídica que começou quando o capitão naval austríaco Georg Von Trapp contrata a noviça Maria Augusta Kutschera, então com 21 anos, para ser sua governanta e cuidar de seus sete filhos, carentes depois da morte da mãe quatro anos antes. O austero Georg e a quase freira se apaixonaram para alegria das crianças que encontraram em Maria a imagem materna que lhes faltava, além de um grande estímulo para seu talento musical. Quando Georg perdeu sua fortuna, a família Von Trapp conseguiu sobreviver se apresentando publicamente em festivais de música e turnês onde demonstravam suas belíssimas e afinadíssimas vozes. Quando a Alemanha Nazista anexou a Áustria a seu império em 1938, o patriótico Georg se recusou a se curvar ao poder militar dos nazistas deixando sua amada Salzburgo e partindo com sua família para o auto-exílio na América. A família aumentou quando Georg e Maria tiveram mais três filhos e enriqueceram com suas apresentações, além de criarem uma Fundação para ajudar o povo austríaco arrasado pelo pós-guerra. George faleceu em 1947 e dois anos depois Maria escreveu o livro “The Story of the Von Trapp Family” que se tornaria o espetáculo da Broadway e, em 1965 o filme estrelado por Julie Andrews cuja premiere foi em Nova York em 2 de Março.

Nos ensinando a cantar

Nos ensinando a cantar

A inglesa Julie era uma iniciante na época e, aos 29 anos,  tinha no currículo algumas participações na TV e dois filmes nas telas ( “Não Podes Comprar Meu Amor”  e “Mary Poppins” ). Julie teve que aprender a tocar o violão para fazer o papel de Maria e o fez muito bem como na empolgante sequência em que canta “Do Re Mi” com as crianças Charmian Carr, Heather Menzies, Nicholas Hammond, Duane Chase, Angela Cartwright, Debbie Turner e Kym Karath. O papel do Capitão Von Trapp foi oferecido a Yul Brynner, que recusou. Nomes como Sean Connery e Richard Burton foram pensados até que o ator canadense Christopher Plummer fosse contratado. Este declarou depois ter detestado o filme e, mesmo tendo ele mesmo tocado violão e cantado a belíssima “Edelweiss” sua voz veio a ser dublada. A canção, cujo título refere-se a uma flor típica da Áustria, acabou ganhando contornos patrióticos e símbolo contra a ocupação nazista. A personagem da Baronesa Elsa Schraeder, que disputa o amor de Georg com Maria foi criado para o filme e, segundo o site imdb, para interpretá-la foi pensado a principio em Grace Kelly e Doris Day, antes de contratar a estonteante Eleanor Parker. Como vêem, adorava Julie, mas meus hormônios ferviam por Eleanor.

O DVD do filme

O DVD do filme

O filme foi um sucesso de público e crítica: Premiado com 5 Oscars (melhor filme, diretor, trilha sonora, montagem e som), 2 Globos de Ouro (melhor filme – comédia / musical e melhor atriz para Julie Andrews), escolhido 4º entre os 25 maiores musicais do cinema segundo o AFI (American Film Institute). O roteiro de Ernest Lehman fez várias modificações na história original: O verdadeiro Capitão Von Trapp não era tão austero e sisudo quanto Christopher Plummer (o que desagradou a verdadeira Maria), a fuga no final do filme não foi feita pelas montanhas, mas de trem para a Itália e de lá para os Estados Unidos de navio. Dos 10 filhos do Capitão, somente sete são mencionados no filme e a segunda mais velha não se chamava Louisa, mas Maria também.

No inicio da década de 70, a atriz Julie Andrews apresentava na Tv o programa “The Julie Andrews Hour” onde se deu um emocionante encontro entre Julie e a verdadeira Maria Von Trapp, na época com 67 anos. Maria faleceu em 1987, aos 82 anos. O encanto do filme de Robert Wise resiste até hoje através de inúmeras reprises e lançamentos em dvd e blu-ray. Seja pelo tom de amor à pátria que coloca um herói de guerra e sua família contra a dominação de seu país pelos nazistas ou pelo irresistível clima de romance temperado pela magia da música que reaproxima um pai de seus filhos, faz uma família renascer e  nos preenche com aquela vontade de viver livre e cantando “The Hills are Alive”, sem problemas, sem obstáculos, sem prisões, sem dor. Tudo guiado apenas pelo som da música.

Reencontro do elenco do filme em 2010 no programa de Oprah Winfrey

Reencontro do elenco do filme em 2010 no programa de Oprah Winfrey

por Adilson Cinema

ESTREIAS DA SEMANA : EM CARTAZ A PARTIR DE 5 DE FEVEREIRO

O DESTINO DE JUPITER

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(Jupiter Ascending) EUA 2015. Dir: Andy & Lana Wachorvski. Com Mila Kunis, Channing Tatum, Eddie Redmayne, Sean Bean. Ficção Cientifica.

Há 16 anos os irmãos Wachowski provocaram alvoroço em Hollywood com o instigante “Matrix” (1999). Desde então não tem sido tão bem sucedidos quanto em seu promissor início. Depois de realizações desastrosas como a adaptação de “Speed Racer” (2008) e o pretensioso “A Viagem” (2012) , os irmãos trazem um roteiro de sua autoria sobre uma jovem que desconhece estar destinada a ser a próxima Rainha do Universo e segue levando uma vida comum, até ser resgatada por Caine (Tatum) , um militar modificado geneticamente, com quem se envolverá a medida que se aprimora para o papel para o qual foi talhada. É a primeira vez que os irmãos diretores realizam um filme com tecnologia 3D, o que pode garantir o espetáculo visual, mas não disfarça os clichês da história. Observem entre os personagens, a presença do ator britânico Eddie Redmayne, também em cartaz no papel do astrofísico Stephen Hawkings em “A Teoria de Tudo”.

O JOGO DA IMITAÇÃO

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(The Imitation Game) EUA 2015. Dir:Morten Tyldon. Com Benjamim Cumberbatch, Charles Dance, Keira Knightly.

Cinebiografia do criptoanalista inglês Alan Turing (Cumberbatch de “Sherlock”) que durante a Segunda Guerra Mundial decifrou os códigos de guerra nazistas, fazendo a balança do poder pender a favor dos aliados. O trabalho de Turing o tornou o pai da computação moderna, mas sua vida também teve muitos revezes por conta de sua homossexualidade, considerada um crime na época. A atuação de Cumberbatch guia a narrativa e impressiona. O filme foi premiado no Festival de Toronto e arrancou elogios da imprensa interrnaconal, o que incluiu indicação para o Golden Globe, o SAG Awards e, é claro, o Oscar.

CORAÇÕES DE FERRO

corações de ferro

(Fury) EUA 2015. Dir:David Ayer. Com Brad Pitt, Logan Lerman, Shia Labeouf, John Bernthal. Guerra.

O valente sargento Wardaddy (Pitt – também produtor do filme) lidera uma equipe de cinco soldados (cada um com uma personalidade distinta) a bordo de um poderoso tanque (um modelo Tiger 131 legítimo) para invadir a Alemanha Nazista em Abril de 1945. Estreia do diretor David Ayer , roteirista de “Dia de Treinamento”, em um filme competente que pretende mostrar que a nada é louvável na guerra, mesmo que temperado pelo patriotismo ou pela vingança.

BOB ESPONJA – UM HERÓI FORA D’AGUA

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(Sponge Bob – Square Pants 2) EUA 2015. Dir: Paul Tibbit. Com Antonio Banderas, Jessica Alberghi, Clancy Brown, Slash. Animação.

Os mesmos roteiristas de |”Kung Fu Panda 2″ trazem mais essa aventura do popular personagem da TV, criado por Stephen Hillenbugh. Bob Sponja e seus amigos enfrenta um atrapalhado pirata (Banderas com ares de Dick Vigarista) que busca um livro mágico capaz de lhe dar poder sobre a realidade. Diversão garantida para quem curte os desenhos da TV, bem familia.  Participação especial do guitarrista Slash.

por Adilson Cinema

EN FILMAGEM : O ESCARAVELHO DO DIABO

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Quando criança, eu como tantos, adorava os livros da “Coleção Vaga Lume”, e em especial, “O Escaravelho do Diabo” de Lucia Machado de Almeida (1910 – 2005). O livro foi lançado em 1972, mas eu devo ter lido por volta de 1979. A história é sobre um jovem que investiga a morte do irmão mais velho ligada a uma série de crimes cometidos por um homem misterioso que envia para suas vítimas um escaravelho. A narrativa, lembro bem, era bem cinematográfica com páginas e páginas montando em minha mente cenas de suspense bem envolvente. A direção ficou a cargo de Carlo Milani (filho do saudoso Francisco Milani, que para mim será eternamente lembrado como a voz brasileira do Magnum) e tem o jovem Thiago Rossetti como o protagonista (que no filme será um menino de 13 anos e Marcos Caruso como o delegado Pimentel, que terá papel fundamental para ajudar  o jovem a desvendar o mistério. O filme está em filmagem para ser lançado no segundo semestre. Tomara seja bem sucedido e estimule outras adaptações dessa preciosa coleção da literatura infanto-juvenil verde e amarela.

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por Adilson Cinema