ESTREIAS DA SEMANA : EM CARTAZ A PARTIR DE 30 DE JULHO DE 2015

SOBRENATURAL – A ORIGEM

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(INSIDIOUS – CHAPTER 3) DIR: LEIGH WHANNELL. COM DERMOT MULRONEY, LIN SHAY, STEPHANIE SCOTT. TERROR.

Medium aceita, contra a vontade, ajudar adolescente atormentada por entidade sobrenatural antes dos eventos dos filmes anteriores. Este terceiro filme da franquia é uma prequela (narra eventos de um prologo) dirigida pelo mesmo roteirista dos filmes anteriores

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(MAGIC MIKE XXL) EUA 2015. DIR: GREGORY JACOBS. COM CHANNING TATUM, MATT BOOMER, ELIZABETH BANKS. COMÉDIA.

Comédia co roteirizada por Channing Tatum que estrela como eu ex go go boy que reune os amigos para uma ultima apresentação em uma boate.

BOND 10 : 007 O ESPIÃO QUE ME AMAVA

O 3º filme de Roger Moore no papel de James Bond é o favorito do ator, conforme o mesmo revelou em entrevista. De fato, é um dos melhores de sua fase apesar de nada ter a ver com o livro original de Ian Fleming além do título. Na verdade, partiu do próprio Ian Fleming em seu acordo com Broccoli lá no início dos anos 60 que este usasse, se desejasse, o título “O Espião Que Me Amava” (The Spy Who Loved Me) mas que não usasse a história pois a julgava a pior das aventuras que escrevera. O livro simplesmente gira em torno de Bond enfrentando assassinos de aluguel para proteger uma mulher, a bela Vivianne ameaçada pelos vilões em um motel à beira da estrada onde Bond casualmente chega após ter ficado com um pneu furado. Apenas isso: Bond mata os gangsters e dorme com a mulher. Há algumas fontes que indicam que a decisão de fazer um roteiro original a partir do título de Ian Fleming teria partido de Broccoli e não de Fleming, mas o fato é que o filme “O Espião que me Amava” (The Spy Who loved Me) é movimentado, divertido na medida certa, sem exageros e com uma trama interessante, muito superior aos dois filmes anteriores protagonizados por Moore.

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Na trama, o multi-milionário Carl Stromberg (Curt Jurgens) vive recluso em um complexo submerso chamado apropriadamente “Atlantis”. De lá ele ordena que submarinos nucleares de vários países sejam sequestrados criando tensão global (lembrando que ainda vivia-se sob o fantasma da guerra fria). Antes que a  crise fique insustentável, os governos britânicos e russos decidem colaborar em uma missão conjunta colocando à frente desta seus melhores agentes : Enquanto Bond representa o ocidente, o Krelmin envia a Major Anya Amasova (Barbara Bach) que recentemente perdeu o homem que amava. O que esta não sabe é que seu amado foi morto por Bond em uma perseguição na neve, mostrada no magistral início do filme quando Bond para fugir, salta em um abismo abrindo um pára-quedas com a bandeira do Reino Unido, a estilosa Union Jack. Essa sequência havia sido sugerida por George Lazenby na ocasião das filmagens de “007 A Servico de Sua Majestade”, mas considerada então impraticável. Com passagens pelo Egito e Itália, Bond & Amasova enfrentam seus adversários, entre eles a belíssima e mortal Naomi ( a voluptuosa Carolyn Munro) e o mortífero Dentes de Aço (originalmente Jaws, para quem não souber este é o nome em inglês do filme “Tubarão”), interpretado pelo gigante Richard Kiel (1939 – 2014). Este não podia suportar a prótese dentária de aço por muito tempo na boca pelo grande desconforto que esta lhe causava, muitas vezes causando dor ao ator que disfarçava em cena com um sorriso quase cômico. Esta também foi a primeira aventura de Bond a apresentar o personagem do General Gogol (Walter Gotell) que viria a aparecer em outros filmes.

Barbara Bach

Barbara Bach

O filme é movimentado e divertido muito acima dos dois filmes anteriores de Roger Moore, que está mais à vontade no papel. Custou em torno de $ 14 milhões de dólares faturando $ 46 milhões só no mercado norte-americano. O filme chegou ao Brasil em 31 de Outubro de 1977 e sua trilha sonora foi igualmente muito popular graças à canção tema “Nobody does it better”, composta pelo excelente Marvin Hamlich e cantada pela voz sensual de Carly Simon, sendo a primeira vez que a canção tema do filme não tinha o mesmo nome do filme. A franquia 007 estava novamente em seu auge e várias empresas ofereciam patrocínio para a filmagem de várias cenas como a Lotus Espirit usada por Bond como o carro aquático, aumentando a venda deste a tal ponto que muitos clientes tiveram que ficar em uma lista de espera de até 3 anos para adquirir o automóvel.  A propósito, uma das crianças na praia, que assiste admirado a Bond saindo do mar é o filho, na vida real, do ator Richard Kiel. Segundo o site imdb, este foi o último filme assistido por Elvis Presley antes da morte do Rei do Rock em Agosto de 1977. A atriz Lois Chiles era a escolha inicial de Albert Broccoli para interpretar Amasova, mas esta havia sido tão duramente criticada pelo filmes anteriores que fizera que decidira se retirar temporariamente para estudar. Barbara Bach, esposa do Beatle Ringo Starr, ficou com o papel e Lois Chiles ganhou nova oportunidade para interpretar uma Bond girl no filme seguinte que estava programado para ser “007 Somente para seus olhos”, sendo anunciado ao final da projeção de “O Espião que me amava”. Devido ao grande sucesso de “Star Wars”, Broccoli decidiu por uma aventura ambientada no espaço. Assim, Lois Chiles foi para o elenco de “007 Contra o Foguete da Morte”, o filme seguinte na franquia. Essa, no entanto, é história para a próxima postagem aqui do blog.

Bond enfrenta Jaws

Bond enfrenta Jaws

BOND RETORNARÁ EM “007 CONTRA O FOGUETE DA MORTE”.

ESTREIAS DA SEMANA : EM CARTAZ A PARTIR DE 23 DE JULHO

PIXELS

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(PIXELS) EUA 2015. DIR: CHRIS COLUMBUS. COM ADAM SANDLER, KEVIN JAMES, PETER DINKLAGE, ASHELEY BENSON, NICK SWARDSON, AÇÃO & COMÉDIA.

Adam Sandler é um cara muito divertido, ninguém duvide. Mesmo geralmente massacrado pela crítica, Adam Sandler alcança geralmente grande sucesso popular e muitas das vezes uma mostra que com uma pequena ajuda dos amigos tudo é possível. Basta ver os grandes nomes que já contracenaram com ele: Al Pacino, Susan Sarandon, Drew Barrymoore, Jennifer Aniston entre outros. Mesmo que seu humor nem sempre funcione, Sandler tem seu público cativo e alguns acertos criativos em meio a várias bobagens. Esta é a primeira vez que Sandler trabalha com o diretor Chris Columbus (dos dois primeiros Harry Potter), e juntos trazem às telas essa adaptação de um curta homônimo realizado por Patrick Jean em 2010. Com um orçamento em torno dos 100 milhões, a história mostra uma inusitada invasão alienígena enviada por uma civilização que entendeu mal transmissões da terra contendo informações sobre nossa cultura. Os extraterrestres simplesmente entenderam tudo como um ato agressivo e enviam à terra armas inteligentes que assumem a forma dos populares games do passado. Ai uma justificativa para trazer de volta Pacman, Donkey Kong e outros personagens que animaram a geração de Sandler, a minha portanto. Três amigos, entre eles o Presidente dos Estados Unidos (Kevin James, sempre roubando a cena) , se reúnem para salvar o mundo antes que as maléficas personificações em Pixels (a unidade de definição de uma imagem digital) determinem “game over” para a raça humana. Você vai reconhecer Peter Dinklage de “Game of Thrones” e que recentemente esteve em “XMen – Dias de Futuro Esquecido”. O filme agrada a geração jovem pela ação e humor, mas quem vai fazer a festa é a minha geração que cresceu com Telejogo, Atari e chegou na adolescência, ou final dela, com o Nintendo. Várias empresas e jogos são mencionados e uma piada, em especial, quando o criador do PacMan se aproxima da criatura que o personifica para dizer “Meu Filho, é seu papai¹”. Para quem assistir a cópia dublada, elogios devem ser feito à equipe, principalmente Alexandre Moreno, voz oficial de Adam Sandler e Ben Stiller, que dá um algo mais aos personagens que dubla. Não espere uma obra prima, o filme é uma mera diversão de férias escolares, mas não podemos dizer que não diverte em bits e bytes.

CARROSSEL – O FILME

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BRA 2015. DIR: ALEXANDRE BOURY & MAURICIO EÇA. COM LARISSA MANOELA, MAÍSA SILVA, JEAN PAULO CAMPOS, PAULO MIKLOS, OSCAR FILHO.

Adaptação da novela do SBT, por sua vez uma adaptação de grande sucesso da TV mexicana “Carrusel”, de 1989. Silvio Santos conseguiu transformar a história em uma marca de sucesso, com um quê de Batutinhas (para quem souber do que estou falando) no apelo para o público infanto juvenil. A história, bem no clima de férias escolares, leva a turma da Escola Mundial para um acampamento ameaçado de ser vendido para uma fábrica poluidora. O filme funciona mais para aqueles que a acompanham pelo SBT, quase como um episodio mais prolongado, mas pode criar novos fãs e divertir a molecada em meio ao frio de Julho.

A FORCA

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(THE GALLOWS) EUA 2015. Dir: CHRIS LOFFING & TRAVIS CLIFF. COM CASSIDY GILDORD, PFEIFFER BROWN, REESE MISHLWER, RYAN SHOOS. TERROR.

Chegou a hora de conhecer a história do “Charlie”, o espírito maligno que se popularizou pela Internet há algum tempo atrás, numa jogada de marketing que lembra o que ocorreu há muito tempo com “A Bruxa de Blair”. A produção é a mesma responsável pela franquia “Atividade Paranormal” reunindo um elenco de desconhecidos para uma história com todos os clichês do gênero: Estudantes do colegial de uma cidade pequena re reúnem para encenar uma peça teatral que no passado terminou em tragédia com morte, despertando o espírito de Charlie cujo ódio e ressentimento esconde segredos do passado.

TRAILLER : 007 CONTRA SPECTRE (5 DE NOVEMBRO NOS CINEMAS)

SINOPSE OFICIAL DIVULGADA EM 21 DE JULHO PELA SONY PICTURES :

Uma mensagem enigmática do passado leva James Bond à uma missão secreta na Cidade do México e, eventualmente, para Roma, onde ele conhece Lucia Sciarra (Monica Bellucci), a bela e proibida viúva de um infame criminoso. Bond infiltra-se uma reunião secreta e descobre a existência da sinistra organização conhecida como SPECTRE. Enquanto isso, em Londres, Max Denbigh (Andrew Scott), novo chefe do Centro de Segurança Nacional, questiona as ações de Bond e desafia a relevância do MI6, liderado por M (Ralph Fiennes). Bond secretamente recruta Moneypenny (Naomie Harris) e Q (Ben Whishaw) para ajudá-lo a contatar Madeleine Swann (Léa Seydoux), filha de seu antigo inimigo Mr. White (Jesper Christensen), que pode ter uma pista para desembaraçar a teia de SPECTRE. Como é filha de um assassino, ela compreende Bond de uma maneira que a maioria dos outros não conseguem. Conforme Bond segue em busca do coração de SPECTRE, ele desvenda a arrepiante conexão entre ele e o inimigo que procura, interpretado por Christoph Waltz.

REENCONTRO : ELENCO DE “DE VOLTA O FUTURO”

CHRISTOPHER LLOYD (DR. EMMET BROWN), LEA THOMPSON (LORRAINE ) & MICHAEL J.FOX (MARTY MCFLY) HOJE.

CHRISTOPHER LLOYD (DR. EMMET BROWN), LEA THOMPSON (LORRAINE ) & MICHAEL J.FOX (MARTY MCFLY) HOJE.

” O passado é prólogo”, disse certa vez o ator Christopher Lloyd ao ator Michael J.Fox quando ambos se reencontraram no estudio de filmagem da sitcom “Spin City”, que Fox estrelou na segunda metade da década de 90. A citação se faz valer mais uma vez já que o elenco original do filme “DE VOLTA PARA O FUTURO” (Back to the Future) se reencontrou em evento em Londres no último dia 17, 30 anos depois do lançamento original do filme que se tornou uma elogiosa trilogia dirigida por Robert Zemeckis e produzida por Steven Spielberg. O filme chegou aos cinemas norte americanos em 3 de Julho de 1985 e constantemente reprisado na Tv, relançado em várias mídias, renovando seus fans e criando, ao menos em nossas mentes e corações, que um dia possamos viajar no tempo e corrigir o que foi errado. Continuamos a olhar para o futuro !!

CLÁSSICO REVISITADO : OS 40 ANOS DE “TUBARÃO”

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Tenho que confessar: Desde que assisti “Tubarão” “  (Jaws) – quando criança – desenvolvi um medo irracional de água. Acredito que outros como eu já foram à praia e ouviram os acordes do tema orquestrado por John Williams, uso maestro da sinestesia, trocando o visual pelo áudio para manipular nossas sensações. Assim como Hithcock magistralmente fez, a expectativa guiada, manipulada até atingir um ponto em que realidade e a fantasia tornam-se uma única dimensão em nossas mentes. Spielberg conseguiu dominar a cena, da mesma forma, forçado pelas limitações técnicas naquela primeira metade da década de 70. O tubarão mecânico (apelidado por Spielberg de “Bruce”) simplesmente não funcionava, e quando filmado tornava várias tomadas risíveis. Logo, Spielberg guarda o visual da criatura para o terço final do filme, um embate a la “Moby Dick” protagonizado pelo trio central da trama: O biólogo Hooper (Richard Dreyfuss), o chefe de polícia Brody (Roy Scheider)  e o caçador Quint (Robert Shaw), este um tipo similar ao Capitão Ahab amargurado, psicótico e obsecado. A cena em que o Chefe Brody diz “Vai precisar de um barco maior” (You’re gonna need a bigger boat) preconiza que os papéis de caçador e caçado, predador e presa se inverterão e dá o primeiro vislumbre à plateia de que a missão não será tão simples. A voracidade do animal que os caça espelha a obsessão de Quint e ambos tornam-se igualmente ameaçadores para a sobrevivência do grupo.

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A obra original, o livro de Peter Benchley foi adaptado pelo próprio em parceria com Carl Gotlieb, que fizeram algumas mudanças na história: No livro, o Xerife Brody não percebe que sua obstinação em matar o monstro do mar o afasta da família e sua esposa Ellen (Lorraine Gary no filme) se permite seduzir pelo oceanógrafo Hopper com quem vem a ter um caso de amor. Hopper demonstra não ter escrúpulos e também morre, devorado pela fera. O clima de suspense do filme é diluído no livro que se preocupa bem mais em desenvolver a personalidade conflitante de seus personagens, suas qualidades e defeitos. Não que essas diferenças signifiquem o que é melhor ou pior, mas são enfoques curiosos para quem gosta de comparar o original e sua adaptação. Benchley queria Paul Newman, Robert Redford e Steve McQueen para o trio central, mas a Universal rejeitou dados os problemas que McQueen tinha na época em estrelar um filme junto ao rival Paul Newman. Cahrlton Heston chegou a ser cogitado para o papel de Quint mas Spielberg recusou pois a figura de Heston era forte demais como o salvador do mundo.

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Steven Spielberg era um profissional promissor na ocasião, tendo chamado a atenção por seu trabalho na TV, no telefilme “Encurralado” (Duel)  – que muitos consideram um embrião para as filmagens de “Tubarão” – e no cinema onde filmou “Louca Escapada” (Sugarland Express). O sucesso do filme fez bem mais do que apenas  catapultar a carreira de Spielberg, praticamente criou o conceito de “Blockbuster” como o conhecemos hoje. O filme foi lançado despretensiosamente pelo estúdio (A Universal), que não acreditava no potencial do filme e planejava inicialmente lançá-lo no final do ano com olho nas indicações ao Oscar. Com o acumulo dos problemas durante as filmagens, não apenas de natureza técnica como também transtornos com o elenco. Robert Shaw hostilizava o tempo todo Richard Dreyfuss de forma que a tensão entre seus personagens era genuína. Além disso, o problema de Robert Shaw com álcool causava vários transtornos para Spielberg durante as filmagens. A cena em que Quint fala sobre o incidente com o USS Indianápolis foi feita somente depois que um arrependido Shaw pediu a Spielberg para tentar mais uma vez depois que Shaw estragou todas as tomadas por estar completamente embriagado, chegando a enfurecer Richard Dreyfuss que arrancou um copo de sua mão e o atirou ao mar.

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Antes de “Tubarão” não havia a visão do verão americano (Entre Maio e início de Agosto) como plataforma de grandes lançamentos comerciais. Mesmo “Star Wars” de George Lucas viria a ser lançado dois anos depois de “Tubarão”. O filme foi lançado em Junho de 1975, e no Brasil seis meses depois provocando efeito curioso: Inversamente proporcional ao esvaziamento das praias, os cinemas lotavam para assisitir ao filme, movidos pela propaganda boca a boca (Lembremos que não exisitia na época a Internet e suas campanhas virais). O orçamento de 8 milhões de dólares se multiplicou além das expectativas, ultrapassando a marca dos 100 milhões de lucro. Claro, que vieram sequências, nenhuma delas dirigida por Spielberg (Tubarão 2 de 1978, Tubarão 3 de 1983 e Tubarão A Vingança de 1987) além de inúmeras imitações como o italiano “O Último Tubarão” (L’Ultimo Squalo) que chegou ao ponto de copiar sequencias inteiras isso sem mencionar nas retomadas do tema feitas em plena era da computação gráfica como “Do Fundo do Mar” (Deep Blue Sea) de 2003 ou a recente produção do Sci Fi Channel “Sharknado”. Nenhuma delas eficiente em criar com criatividade e estilo o que Spielberg fez em 1975. Benchley se arrependeu de ter escrito o livro, pois acredita ter deturpado a noção sobre os Tubarões, John Williams ganhou o Oscar em uma cerimônia em que ele próprio conduzia a orquestra da Academia, Spielberg ganhou o apelido de Midas das telas, a fala de Roy Scheider (Vai precisar de um barco maior) tornou-se a 35ª entre as melhores do cinema de acordo com o AFI (American Film Institute), a Entertainment Weekly o escolhei o 6º filme mais assustador de todos os tempos. Sem duvida nenhuma, ninguém suspeitava há 40 anos atrás que esse seria um filme maior. Mas o meu medo da água permanece.

ESTREIAS DA SEMANA : EM CARTAZ A PARTIR DE 16 DE JULHO

HOMEM FORMIGA

(Ant Man) EUA 2015. Dir: Peyton Reed. Com Paul Rudd, Michael Douglas, Evangeline Lily, Corey Stoll, Judy Greer, Hayley Atwill, John Slaterry, Garret Morris. Ação.

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Uma coisa positiva a respeito dos filmes do Universo Cinemático da Marvel é que eles não se prendem apenas aos heróis do primeiro escalão (Capitão America, Thor, Vingadores enfim) e sabem arriscar. Veja por exemplo o sucesso inesperado ano passado com os “Guardiões da Galáxia”. Apesar de que nas HQs originais, o Homem Formiga  é membro fundador dos Vingadores e parte fundamental das bases do Universo Marvel (Nas Hqs Hank Pym é o criador original do robô Ultron), sua premissa  tridimensionalisada no cinema poderia soar absurda ou cair no ridículo, sem mencionar que o personagem nunca teve um elenco coadjuvante ou galeria de vilões tão vasta quanto do tal “primeiro escalão”. E aí que entra a habilidade dos roteiristas Joe Cornish e Edgar Wright (que quase dirigiu também o filme) para tornar o filme não apenas divertido como também funcional dentro da sequência de eventos dos filmes que o antecederam e já inserido no que serão os posteriores. Nesse sentido, é interessante apesar das liberdades tomadas na adaptação, como já é de se esperar: O Dr.Hank Pym (Douglas) desenvolveu uma tecnologia que o permite modificar o tamanho e que está em vias de cair nas mãos erradas, a de seu ex pupilo Darren Cross (Stoll) que se torna o vilão Jaqueta Amarela. Para ajudá-lo Pym recruta o ex ladrão Scott Lang (Rudd) que se tornará esse diminuto e improvável herói. NO filme, Pym tem uma filha, Hope Van Dyne (nas Hqs Pym é casado com Janet Van Dyne, a heroína Vespa) que é interpretada pela ótima Evangelyne Lily (a Tauriel de “O Hobbit”, e cujo rosto me lembra muito a Stephanie Powers quando nova). Ação e humor são os ingredientes que já são de esperar em um filme do gênero e estão dosados para divertir iniciados em quadrinhos e, principalmente, os não iniciados, afinal de contas estes se tornam novos leitores muitas vezes). Atentem para as duas cenas pós créditos ao final do filme, serão interessantes, mas não vou revelá-las aqui. Boa diversão a todos.

VÕO 7500

(7500) EUA 2015. Dir: Takashi Shimizu. Com Leslie Bibb, Amy Smart, Rayn Kwaton. Terror.

voo 7500

Vôo de Los Angeles a Tokio se torna terreno de uma terrível experiência sobrenatural quando os passageiros começam a ser mortos um por um por uma força diabólica a bordo. Filme de terror para os aficcionados do gênero dirigido pelo mesmo responsável pelo nipônico “O Grito” (Lembram de Toshio ?) Em 1973 houve um filme feito para a Tv chamado “Horrror nas Alturas” (The horror at 37000 feet)com premissa parecida e que trazia no elenco William Shatner, o Capitão Kirk do “Star Trek” original). Os clichês habituais do gênero estão lá, nos dois casos, exceto pelo fato de que um filme de cinema possui um orçamento maior. Espero pelos sustos habituais e bom filme.

BOND 9 – 007 CONTRA O HOMEM DA PISTOLA DE OURO

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O 9º filme da série 007 é o 13º livro escrito por Ian Fleming, publicado postumamente já que o autor falecera em Agosto de 1964, oito meses antes do lançamento do livro que foi finalizado por um autor fantasma, segundo algumas fontes. A história também foi completamente modificada na adaptação escrita por Richard Maibaum e Tom Mankiewics que praticamente só aproveitaram o nome do livro e o nome dos personagens principais, alterando tudo.

No livro, que dá sequência aos eventos de ” A Morte no Japão ” (o livro que gerou “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes”) um Bond desmemoriado sofre lavagem cerebral e é enviado de volta a Londres programado para matar M. Bond é preso e desprogramado, mas perde a confiança de seus superiores. Para provar seu valor, Bond é enviado de volta a Jamaica com a missão de matar Francisco Scaramanga, cuja organização está envolvida com tráfico de drogas, rede de prostituição e um mirabolante plano para desestabilizar a economia ocidental. O tom do livro é extremamente sério com traição, conspiradores e Bond tendo que provar seu valor ao seu governo e  para si mesmo, contando com a ajuda de seu amigo da CIA Felix Leiter (retirado da história na adaptação para o cinema) e a Bond girl Mary Goodnight, que aparece em outros livros de Fleming como a secretária pessoal de Bond.

007 GOLDEN GUN

No filme, o antagonismo entre Bond e Scaramanga se resume a uma rivalidade superficial para saber quem é o melhor em seu ofício: matar. Scaramanga tem um assistente, o pequeno Nick Nack (Herve Villecheize o Tattoo da “Ilha da Fantasia”) que não existe no livro. No filme, os roteiristas ainda inventaram uma fonte de energia solar transformada por Scaramanga em uma arma mortífera. Além de Goodnight, Bond corteja a bela Andrea Anders, amante de Scaramanga, interpretada pela atriz Maud Addams, que seria a principal Bond girl 10 anos depois em “007 Contra Octopussy” . A trama extremamente rasa mesmo se tratando de um filme de ação descamba para um humor forçado com a volta do Xerife Pepper (Clifton James) que aparecera no filme anterior. Outra modificação no filme foi a transferência da ação da Jamaica (no livro) para a Tailândia.

As filmagens foram atribuladas para o diretor Guy Hamilton em seu 3º e último filme da série. Este, segundo o próprio Roger Moore, queira um tom mais sério para a trama e desejava ver um Bond mais seco e frio o que deixava Moore descontente. O papel de Scaramanga (o assassino com três mamilos, anomalia genética rara porém real) foi oferecido inicialmente a Jack Palance (Acredite se quiser, lembram ?) antes de Christopher Lee (recentemente falecido) que obteve fama mundial como Drácula, e que era na vida real primo de Ian Fleming. A sueca Britt Ekland (na época casada com Peter Sellers) foi contratada para o papel que ficou com Maud Addams, mas Guy Hamilton mudou de ideia quando viu fotos de Britt Ekland de bikini. O filme foi a primeira aventura de Bond exibida na Russia e marcou o fim da parceria entre Broccoli & Saltzman, já que este passava por sérios problemas financeiros e precisou vender sua parte na sociedade.

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Embora seja um filme fraco, ainda tem a curiosidade de assistir o sempre ótimo Christopher Lee no papel de vilão. Lamenta-se que os produtores deixaram muita coisa do material original de Fleming de fora e mesmo a questão energética abordada é por demais superficial e não sustenta a trama adaptada. Com todos os problemas das filmagens, Brocolli retardou o inicio do filme seguinte em quase três anos. É claro essa já é outra história.

JAMES BOND RETORNA AO BLOG NA PRÓXIMA SEMANA COM “007 O ESPIÃO QUE ME AMAVA”.

IN MEMORIAN : AMANDA PETERSON & OMAR SHARIFF

ESSA SEMANA SE ENCERROU COM DUAS TRISTES NOTÍCIAS PARA OS AMANTES DO CINEMA :

AMANDA PETERSON

AMANDA PETERSON

AMANDA PETERSON, ATRIZ QUE FICOU NA MEMÓRIA AFETIVA DE QUEM VIVEU OS ANOS OITENTA COMO CINDY MANCINI, A JOVEM QUE ACEITA SE PASSAR POR GAROTA DE UM NERD CHEIO DA GRANA EM “NAMORADA DE ALUGUEL” (CAN’T BUY ME LOVE), SUA CARREIRA, NO ENTANTO, COMEÇOU BEM CEDO NO TEATRO CHEGANDO AO ELENCO DO MUSICAL “ANNIE” (1982) DE ALAN PARKER, ENTÃO COM 11 ANOS. EMBORA ESTIVESSE AFASTADA DA CARREIRA DE ATRIZ DESDE 1994, AMANDA DEIXOU UMA DOCE LEMBRANÇA COMO A NAMORADINHA QUE MENINOS COMO EU ERA QUERIAM TER. A ATRIZ FOI ENCONTRADA MORTA EM SUA CASA, SEGUNDO SUA MÃE SOFRIA DE APNÉIA DO SONO. COMO DISSE O ATOR PATRICK DEMPSEY, EM SEU PERFIL NO TWITTER, “PARTIU CEDO DEMAIS”

ADEUS DR. JIVAGO

ADEUS DR. JIVAGO

ONTEM NOS DEIXOU O ATOR EGÍPICIO OMAR SHARIFF, QUE TINHA 83 ANOS. OMAR TEVE DIVERSOS PAPÉIS EM FILMES COMO “LAWRENCE DA ARÁBIA “, ” FUNNY LADY” ENTRE OUTROS. É CLARO, UM DOS MAIORES FOI O PAPEL DO DR. YURI ZHIVAGO, MÉDICO QUE VIVE UMA PAIXÃO PELA BELÍSSIMA LARA EM MEIO AO CAOS DA REVOLUÇÃO RUSSA NO CLÁSSICO “DR.JIVAGO”. SEU NOME VERDADEIRO ERA MICHEL DEMITRI SHALHOUB E ESTAVA AFASTADO DAS TELAS HÁ BASTANTE TEMPO. QUE SUA PASSAGEM SEJA TRANQUILA E OS ANJOS ENTOEM O TEMA DE LARA.

ENPE – PROGRAMA 4 :OS FLINTSTONES

Amigos do blog já comentei aqui o excelente trabalho dos amigos Roosevelt Garcia e Leonardo Bussadori no canal “ENPE” (E no Próximo Episódio) no “You Tube” resgatando nossa memória afetiva falando sobre os antigos seriados de TV. A cada 15 dias um novo programa está no ar e desta vez, o ENPE trata de “Os Flintstones”. Para mim foi um deleite já que este é um dos meus favoritos, ao qual costumava assistir muito com minha mãe quando criança. Assistam e vocês gostarão certamente. Recordar, afinal de contas é viver.

CLÁSSICO REVISITADO : OS 30 ANOS DE “OS GOONIES”

Eu tinha 15 anos e assistia ao Fantástico que exibia o mais novo clip da cantora Cindy Lauper “The Goonies ‘r good enough”. Aquela voz deliciosamente estridente dava o tom de uma divertida aventura cinematográfica, que na época estava prestes a estrear no Brasil. Era dezembro de 1985, seis meses depois da estreia nos Estados Unidos. Os realizadores eram um time em perfeita harmonia : A produção de Steven Spielberg, a direção de Richard Dooner e o roteiro de Chris Columbus (futuro diretor dos dois primeiros filmes de Harry Potter). Juntos, eles trouxeram para as telas uma aventura para toda a família, capaz de empolgar os jovens e, ao mesmo tempo, despertar a criança interior de qualquer adulto.

Goonies poster

Claro que o elenco infantil era um achado: Mickey (Sean Astin), Dado (Ke Huy Quan), Bocão (Corey Feldman) e Gordo (Jeff Cohen) formam o grupo dos Goonies (em referência às docas Goon, lugar onde os personagens moram na área costeira da cidade de Astoria, no estado americano do Oregon). Quando a família de Mickey é ameaçada de despejo por falta de pagamento da hipoteca, os garotos partem em busca do tesouro de Willie Caolho, um pirata que habitou a região há séculos. Ao grupo se junta, Brandt, o irmão mais velho de Mickey e as meninas Andy e Stef, que vivem a aventura de um vida pelos subterrâneos da cidade até a caverna em que o Inferno, o galeão de Willie o caolho guarda uma fortuna em pedras preciosas e joias. Além das armadilhas ao longo do caminho, o grupo ainda precisa driblar os Fratelli, uma família de gangsters procurada pela polícia. Mas, recebem a inesperada ajuda de Sloth ( o ex jogador de futebol americano Paul Mazursky, já falecido) , membro rejeitado dos Fratelli de força física descomunal mas a mentalidade de uma criança. Sloth faz amizade logo com o Gordo com quem compartilha de uma paixão…. CHOCOLATE !!!!!!!.

SLOTH QUER CHOCOLATE !!!

SLOTH QUER CHOCOLATE !!!

Durante 1 hora e 54 minutos, somos levados a uma contagiante aventura que basicamente reúne um time de batutinhas em uma aventura  tal qual clássicos como “A Ilha do Tesouro”. O filme não esconde a intenção de homenagear as antigas matinês como por exemplo o galeão de Willie o Caolho, construído por inteiro pelos técnicos dos estúdios Warner para ser uma réplica do navio usado por Errol Flynn no clássico “O Gavião do Mar”. Para assegurar autenticidade e espontaneidade de seu elenco, Dooner não mostrou o navio para ninguém antes das filmagens da sequência final. Outra pegadinha é quando Sloth tira a camisa e revela o sinal do Superman no peito, uma brincadeira com seu diretor Richard Dooner que realizou o primeiro filme do herói de Krypton com Christopher Reeve em 1978. A Família Fratelli, os vilões da história, é inspirada na famigerada Mãe Parker que nos anos 30 aterrorizava Chicago com seus filhos assaltantes. Anne Ramsey, a Mama Fratelli, é mais lembrada por seu papel em “Joga a Mamãe do Trem” (1987) de Danny DeVito. Robert Davi, o Jake Fratelli chegou a ser vilão de filme de James Bond e já foi cantor de Ópera, logo quando canta no filme, é sua própria voz. Entre as crianças, somente Cohen, o Gordo, não teve carreira no cinema apesar de frequentes aparições em seriados de TV da época. A sequência em que chora ao ser interrogado pelos Fratelli e admite, inocentemente, a autoria de várias estripulias infantis é antológica. O ator coreano Ke Quan foi o Short Round de “Indiana Jones & O Templo da Perdição”, filmado um ano antes. Corey Feldman teve carreira prolífica na década de 80 em vários filmes antes de naufragar sua vida e carreira nas drogas, das quais veio muito depois a se recuperar. Os dois Goonies mais conhecidos depois de adultos foram os irmão Walsh: Sean Astin (o Mickey) foi o Hobbit Samwise na trilogia “O Senhor dos Anéis” e Josh Brolin (Brandt) trabalhou em filmes como “Homem de Preto 3” e “Onde os Fracos Não tem Vez”.

oS gOONIES EM 1985

oS gOONIES EM 1985

Rumores de uma continuação constantemente surgem, geralmente apontando que os filhos dos personagens originais seriam os protagonistas de uma nova aventura. De qualquer forma, “Os Goonies” tornou-se um dos filmes mais cultuados de sua época, entrou para a memória afetiva de quem o assistiu nos cinemas ou nas reprises da Sessão da tarde global. Quem sabe ainda possamos mostrar aos nossos filhos a magia voltar, novos tesouros a encontrar. Eu, do meu lado, sou hoje um Goonie de 45 anos ainda à procura do tesouro de Willie Caolho, e como diz o personagem de Sean Astin, do nosso próprio tempo.

OS GOONIES HOJE

OS GOONIES HOJE

BOND 8 : COM 007 VIVA & DEIXA MORRER

No início da década de 70, os produtores Broccoli & Saltzman viviam um impasse : Embora Sean Connery tivesse feito “007 Os dimantes são Eternos” (Diamonds are forever), este não estava disposto a continuar mais vindo a recusar uma oferta de $5,5 milhões de dólares. O mundo também não era o mesmo, a cultura pop abraçara a “blaxploitation”  (filmes dirigidos e protagonizados por atores negros) e o público ligava a Tv e via um mundo mais cínico em que a violência urbana assustava mais ao cidadão do que o embate ideológico da guerra fria. Os nomes de Burt Reynolds, Clint Eastwood, Paul Newman e Robert Redford chegaram a ser cogitados para substituir Connery.  Assim sendo, os produtores decidiram redirecionar os filmes de Bond para uma nova geração, retirando o tom mais sério das primeiras aventuras, privilegiando o deboche na figura de seu novo intérprete, o inglês Roger Moore, então com 46 anos. Este já havia sido quase escolhido para o papel ainda nos anos 60 mas Moore estava impossibilitado por seu contrato com a série de TV “O Santo”. Na época de sua escalação afinal, Moore terminara seu contrato com a Tv onde atuava no seriado “Persuaders”, ao lado de Tony Curtis.

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“Com 007 Viva & Deixa Morrer” (Live & Let Die) já começa com o inusitado assassinato de um agente secreto que assiste a um funeral, que em seguida se torna um festival popular pelas ruas de Nova Orleans. Logo em seguida, a canção tema de Paul McCartney preenche a tela com seus acordes eletrônicos que se tornam onipresentes a medida que a narrativa segue os passos de 007 para investigar as conexões do diplomata Dr.Kananga com o gangster Mr.Big, responsável por uma rede de tráfico de drogas. Ambos acabam sendo a mesma pessoa, interpretado pelo ator novaiorquino Yaphet Kotto. O vilão deste 8º filme de James Bond se cerca de importantes aliados como o terrível Tee Hee (Julius Harris) que possui um braço direito mecânico com uma garra no lugar da mão e o sombrio Barão Samedi (Geoffrey Holder), um feiticeiro Vudu dono de uma gargalhada extremamente sinistra. Além desses, o vilão utiliza em seus planos o dom de profetizar o futuro da belíssima e virginal sacerdotisa Solitaire (Jane Seymour, então com 22 anos em sua estreia nos cinemas). Contudo, se for tocada por um homem, Solitaire perderá seus poderes, o que claro é o que acontecerá em seu encontro com Bond, despertando ainda mais o ódio de Mr.Big/Kananga.

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O livro original de Fleming foi lançado em 1954, o segundo logo após “Cassino Royale”. A história mistura a ação conduzida pela investigação de Bond em cima de antigas moedas de ouro contrabandeadas e o sobrenatural através dos elementos do vudu. O MI6  e a SMERSH agem no Caribe mostrando nitidamente a bipolarização representada pela guerra fria e sua influência nos países de terceiro mundo. O filme, dirigido por Guy Hamilton (o mesmo de “Goldfinger” e “Os Diamantes são Eternos”) também tomava outras liberdades em relação ao livro: Neste, não há humor e nem existe a sequência de Bond saltando por sobre as cabeças de famintos crocodilos, Simone Latrelle , o nome real de Solitaire não é mencionado no filme e na cena que Bond é ameaçado de perder um de seus dedos, no livro a ameaça é concretizada.

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O filme ainda trouxe de volta dois personagens da primeira aventura cinematográfica de Bond : Quarrell Jr – que também não aparece no livro já que este foi escrito antes de “Dr.No”) que é o filho do barqueiro que auxilia Bond e o agente da CIA Felix Leiter, papel que aqui coube a David Hedison (que era amigo na vida real de Roger Moore) e ainda reprisaria o papel de novo em 1989 em “007 Licença Para Matar”. O filme ainda inclui no elenco o xerife Pepper, que persegue Bond e que foi tão bem sucedido que voltaria no filme seguinte “007 Contra o Homem da Pistola de Ouro”.

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Apesar de todas as mudanças em relação ao livro de Fleming, que se tornaram cada vez mais frequentes nos filmes subsequentes, Moore marcou uma era com seu Bond nada sério dividindo preferências e ficando no posto ao longo de 12 anos e 7 filmes, um recorde. Também foi o ator mais velho a ficar com o papel que teria em frente altos e baixos artísticos mas alta bilheteria que justifica que o personagem vive não apenas duas ou três vezes, mais muito mais.

BOND VOLTA AO BLOG SEMANA QUE VEM COM “007 CONTRA O HOMEM DA PISTOLA DE OURO”