NAS BANCAS : CONHECIMENTOS PRÁTICOS LITERATURA ED.61

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AMIGOS, CHEGOU ÀS BANCAS NA SEMANA PASSADA A 61ª EDIÇÃO DA REVISTA “CONHECIMENTO PRÁTICO : LITERATURA” (EDITORA ESCALA) DA QUAL SOU FREQUENTE COLABORADOR. DESTA VEZ O MEU ARTIGO PUBLICADO GIRA EM TORNO DOS ESPIÕES NO CINEMA E NA LITERATURA, COM DESTAQUE PARA O ESPIÃO FAVORITO DE TODOS, JAMES BOND, MAS BUSCANDO OUTROS AUTORES E OBRAS QUE MERECEM SER LIDOS E CONHECIDOS POR OCUPAREM LUGAR ESPACIAL NO IMAGINÁRIO DO PÚBLICO. A REVISTA TAMBÉM TRÁS MATÉRIA DE CAPA SOBRE JOSÉ SARAMAGO, SEMPRE UM PRAZER A SER LIDO  E QUEM SABE DESCOBERTO POR QUEM AINDA NÃO TEVE A OPORTUNIDADE DE LER SUAS OBRAS. FICA AQUI O RECADO: COMPREM, LEIAM E OBRIGADO SEMPRE POR TODO O APOIO.

ADILSON DE CARVALHO SANTOS

FUTURO REESCRITO : O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 : O JULGAMENTO FINAL

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Sete anos depois do primeiro “Exterminador do Futuro” (Terminator), Arnold Scwarzenegger já havia consolidado sua carreira como astro dos filmes de ação, Linda Hamilton havia estrelado a bem-sucedida série de Tv “A Bela & A Fera” e James Cameron havia realizado “Aliens o Resgate” (Aliens) e “O Segredo do Abismo” (The Abyss). Os efeitos digitais haviam evoluído bastante e muitas das iniciais de Cameron que não puderam ser aproveitadas com o baixo orçamento do filme de 1984 encontrariam agora o momento certo para uma sequência. Era 30 de Agosto de 1991, quase dois meses depois da estreia no circuito norte-americano, o filme chegava às telas brasileiras mas mostrando uma Sarah Connor (Hamilton) encarcerada em um manicômio e torturada por médicos e enfermeiros. Seus alertas de que as máquinas adquirirão consciência e erradicarão o homem da face da Terra são tomadas como delírios de uma louca. Mesmo seu filho John Connor (Edward Furlong), agora com nove anos não lhe dá razão nem ouvidos. É quando o então presente recebe a chegada de ois andróides do futuro,: o modelo T 800 (Schwarzenegger) – o mesmo que no passado tentou matar Sarah, mas agora reprogramado para protegê-la e a John e o modelo mais avançado T1000 feito de metal líquido, capaz de mimetizar qualquer forma e virtualmente indestrutível. A ideia inicial de Cameron era colocar o T 800 e Kyle Reese (Michael Biehn) – do primeiro filme – em papéis invertidos, mas logo foi abandonada por receio de que confundiria o público. Em seguida, pensou-se no cantor Billy Idol para o papel do T 1000, mas este sofreu um acidente de moto que o impediu de assumir o papel que foi para as mãos de Robert Patrick, descoberto depois de uma pequena parte como um dos terroristas em “Duro de Matar 2” (Die Hard 2).

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As filmagens foram longas, levando oito meses para ficarem prontas. O ator Edward Furlong, então com 13 anos apresentou uma diferença no tom de sua voz ao longo desse tempo e precisou ser dublado com exceção da cena em que John e T 800 conversam por que as pessoas choram pois Cameron achou que o efeito dramático seria maior se fosse a voz original de Furlong em contraponto a de Schwarzenegger. No filme, em meio à ação desenfreada em cenas de lutas e perseguição, a narrativa permite o questionamento filosófico sobre o que é o futuro : Existe destino inexorável a ser cumprido ou podemos fazer de fato alguma diferença com nossas escolhas ? O que difere o homem de uma máquina ? Qual o valor da vida humana ? Divagações herdadas de autores como Isaac Azimov e Nietchze, o roteiro de James Cameron e William Wisher Jr consegue eficientemente equilibrar ação e emoção com qualidade técnico assombrosa para a época, a cargo da Industrial Light & Magic.

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A dinâmica entre T 800 e John Connor se transforma ao longo do filme passando de protetor e protegido a um inevitável paternalismo que parece contradizer a guerra homem-máquina. Sarah se reaproxima de John e precisa encarar seu destino bem como decidir quem vive e quem morre quando decide matar Miles Dyson (Joe Morton), o responsável pelo projeto que levará à criação da Skynet, o cérebro eletrônico que dará às máquinas a supremacia global. Mata-lo pode significar o fim do perigo ou simplesmente o adiamento do fim profetizado para 29 de Agosto de 1997 ? Quando assisti ao filme nos cinemas, fiquei intrigado com o fato de que todos os esforços para mudar o que estava para acontecer, mexia com as possibilidades de realidades alternativas, presente e futuro, ecos das fantasias vitorianas de H.G.Wells sobre viajar no tempo para moldar a realidade.  O filme superou o anterior, rendendo o dobro do que custou, recuperando seu custo inicial estimado em    . Foi a primeira vez que uma sequência foi premiada pela Academia, sem que o filme original tenha sido indicado. Ganhou o BAFTA (Oscar Inglês) de melhor som e efeitos visuais, além de 4 Oscars (melhor som, efeitos sonoros, efeitos visuais e maquiagem).

Schwarza e os membros do Guns' n' Roses interpretes da agitada You could be mine na trilha sonora.

Schwarza e os membros do Guns’ n’ Roses interpretes da agitada You could be mine na trilha sonora.

Em um filme de superlativos inflacionado pelo salário de seu astro : Schwarzenegger recebeu $15 milhões de dólares ($21,429 por palavra). Só a icônica “Hasta la vista, baby” garantiu ao austríaco $85,716. Uma curiosidade: Na cena em que Sarah encontra o T 1000 tomando sua forma, o efeito das “duas Sarahs” foi obtido com a ajuda de Leslie Hamilton, a irmã gêmea de Linda. Esta sofreu um revés durante as filmagens : Tendo se esquecido de por fones de proteção nos ouvidos para uma sequência de explosão, a atriz acabou perdendo definitivamente parte de sua audição. Ao final das filmagens, Linda e James Cameron iniciaram um relacionamento que levou ao nascimento de uma filha. Após alguns anos o casal se separou e Linda obteve, como parte de seu acordo de divorco, os direitos sobre a franquia “Exterminador do Futuro” que logo vendeu, e por isso, Cameron nada teve a ver com as sequências posteriores realizadas em 2003 e 2008, bem como no novo filme que se aproxima e que usará o sugestivo subtítulo “Genesys”. Nada mais precisa ser dito além de : ELE VAI VOLTAR !!!!

ESTREIAS DA SEMANA : EM CARTAZ A PARTIR DE 25 DE JUNHO DE 2015

VIRANDO A PÁGINA

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(The Rewrite) EUA 2015. Dir: Marc Lawrence. Com Hugh Grant, Marisa Tomei, Bella Heathcote, J.K.Simmons. Comédia romântica. Ex roteirista (Grant) torna-se professor universitário para pagar as contas enquanto alimenta a possibilidade de um novo roteiro. Se envolve com jovem mais nova que ele, mas também vai descobrir sentimentos por uma garçonete. O filme é a quarta colaboração entre o astro Hugh Grant e o diretor Marc Lawrence. Antes fizeram juntos “Amor a Segunda Vista”, “Letra & Música” ( o melhor deles), “Cadê os Morgan?”, e assim como antes se apoia no carisma em cena de Hugh Grant, que faz o mesmo de sempre, o que agrada a seus fãs. As cenas em que seu personagem recebe o Globo de Ouro, é o próprio Hugh Grant aparecendo na cerimônia de  1995 quando levou o prêmio por “Quatro Casamentos & um Funeral”. O ator J.K.Simmons é o J.Jonah Jameson dos filmes do “Homem Aranha”. Para quem gosta do gênero não terá do que reclamar.

OS MINIONS – O FILME

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(The Miniions – The Movie) EUA 2015. Dir: Pierre Coffin & Kyle Balda. Vozes : Sandra Bullock, Steve Carrell, Michael Keaton,Dubladores : Adriana esteves, Wladimir Brictha. Animação. O filme se propõe a explicar a origens dos minions, adoraveis seres amarelos que são amados por crianças e adultos. Estes passam por momentos na história à procura de um mestre a quem servir, mas acabam se envolvendo com a vilanesca Scarlett Overkill, que planeja se tornar rainha. Na dublagem brasileira Adriana esteves e seu amarido fornecem a voz da vilã de Sandra Bullock.

FUTURO REESCRITO : O EXTERMINADOR DO FUTURO (1984)

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A algumas semanas faltando para a estreia do quinto filme da franquia “O Exterminador do Futuro” (Terminator : Genesys) , vamos relembrar aqui no blog os quatro filmes anteriores que fizeram desta uma das mais amadas e bem sucedidas franquias do cinema Hollywoodiano. Quando o filme original estreou nos Estados Unidos em 26 de Outubro de 1984, a mesma premissa : Mudar o futuro viajando para o passado já tinha sido usada na HQ ” Dias de um Futuro Esquecido” (Days of Future Past) dos X Men, que recentemente foi adaptada para o cinema. Contudo, o roteiro de James Cameron, sua então esposa Gale Anne Hurd bebia na fonte de outros questionamentos: O homem x a máquina, a tecnologia suplantando a importância do homem, elementos que já haviam sido empregados pelo escritor Harlan Ellsion, autor do conto “Soldier”, que fez parte da série de antologias “The Outer Limits” (Quinta Dimensão no Brasil) exibida originalmente na década de 60. Contudo, Cameron deixou as questões filosóficas em segundo plano para privilegia a ação com ritmo de história em quadrinho e o que é mais importante para os produtores, com um custo baixo de produção.

Linda Hamilton (Sarah Connor) e Michael Biehn (Kyle Reese) nos bastidores do filme original.

Linda Hamilton (Sarah Connor) e Michael Biehn (Kyle Reese) nos bastidores do filme original.

Na época, James Cameron (muito antes de triunfar em Hollywood) trazia um orçamento modesto de $6.500.000 para contar a história de um ciborgue futurista, enviado ao passado para matar a jovem Sarah Connor (Linda Hamilton) que dará a luz a John Connor, destinado a se tornar o líder da raça humana na luta contra as máquinas que dominarão o mundo. Arnold Schwarzennegger, na época recém saído do sucesso de “Conan” pediu a Cameron  o papel de Kyle Reese, o protetor de Sarah Connor, também vindo do futuro. Contudo, Cameron sugeriu a Schwarzenegger que ficasse com o papel do robô assassino, que até hoje é seu papel mais icônico. Segundo reza a lenda, Cameron teria dito “Esse filme não é sobre o herói, é sobre o vilão !”. Linda Hamilton vinha de pequenos papeis na Tv e no cinema quando foi escohida para viver Sarah Connor, papel que chegou a ter os nomes de Debra Winger, Carrie Fisher, Michelle Pfeiffer, Kelly McGillis e Sharon Stone. Já Kyle Reese ficou com o então também desconhecido Michael Biehn, preenchendo a vaga que quase foi de Bruce Willis e do cantor Sting, inicialmente sondados.

O diretor James Cameron dando instruções no set de fiilmagem

O diretor James Cameron dando instruções no set de fiilmagem

O filme que chegou ao Brasil em Março do ano seguinte com a popularidade de Schwazenegger crescendo graças ao sucesso de Conan. O ex campeão de fisioculturismo treinou  com armas, praticando tiro ao alvo com os olhos vendados para ter os reflexos rápidos e precisos como uma máquina, mas ainda teve que esperar por alguns meses para começar a filmar pois estava comprometido com “Conan o Destruidor” (1984) que filmava com Richard Fleischer. Enquanto esperava por seu astro, Cameron trabalhou em um roteiro para um filme de ação que se tornaria anos depois “Aliens o Resgate” (1986). Curiosamente, um dos nomes sondados para o papel do exterminador foi O.J.Simpson, ex atleta e ator que faria os três filmes “Corra que a Polícia vem ai” e que anos depois acabaria com a carreira ao matar sua esposa. Irônico, pois Simpsom foi desconsiderado para o papel porque os produtores o achavam incapaz de encarnar um assassino de sangue frio. Outros nomes pensados para o papel do robô assassino foram Mel Gibson, Michael Douglas, Kevin Kline e Tom Selleck. Ficou para o ator austríaco o papel que apesar de praticamente não ter falas no filme (seu forte sotaque incomodava aos produtores) ter a honra de entrar para o AFI 100 Heroes & Villains figurando tanto como vilão como herói, já que na continuação do filme Schwarzenegger volta como o robô do bem. Anos depois de “O Exterminador do Futuro”, James Cameron já divorciado de Gale Anne Hurd (sua segunda esposa) casou-se com Linda Hamilton com quem teve uma filha. O sucesso do filme impulsionou a carreira do diretor, de origem canadense, o que poderia não ter acontecido já que os produtores tentaram interferir nas filmagens. Estes queriam forçar Cameron a encerrar o filme com a cena da explosão do tanque, mas Cameron brigou e conseguiu impôs a impressionante sequência seguinte em que Arnold perde sua aparência humana e persegue Sarah em sua forma robótica, assumindo seu visual de máquina fria e irrefreável. Cameron também teve problemas com o autor Harllan Ellison que o processou por plágio do roteiro de “Soldier”, episódio da serie de TV “The Outer Limits”. O assunto foi resolvido com um acordo fora dos tribunais que Cameron se resentiu por ter sido forçado a aceitar, no qual reconhecia Harlan Ellison como origem da ideia por trás do filme. 

Linda Hamilton em foto recente

Linda Hamilton em foto recente

O lucro de $38.400.000 no território americano deu o aval para a continuação “O Exterminador do Futuro 2 : O Julgamento Final”, que reaproveita as ideias que Cameron não pôde utilizar no primeiro filme por falta de tecnologia para reproduzir os efeitos especiais. O filme foi um sucesso ainda maior e popularizou de vez a história que ainda renderia a seguir mais 2 filmes e uma série de TV entitulada “Terminator: The Sarah Connor Chronicles” que teve vida curta na telinha. Aguarda-se para ano que vem o reboot da franquia com o anunciado “Terminator:Genysis”, também com Arnold Schwarzegger. Alguém ainda duvida da frase proferida pela máquina, ideia que partiu de seu interprete, ao final do filme : “I’L BE BACK!”.

SEMANA QUE VEM NO BLOG: O EXTERMINADOR DO FUTURO 2 : O JULGAMENTO FINAL

ESTREIAS DA SEMANA : EM CARTAZ A PARTIR DE 18 DE JUNHO DE 2015

DRAGONBALL Z – O RENASCIMENTO DE FREEZA.

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(Dragonball Z – The Revival of Freeza) JAP. 2015. Dir: Tadayoshi Yamamuru. Vozes : Koichi Yamadura, Masako Nosawa, Ryo Horikawa. Animação.

Na verdade esse é o 15º filme derivado da famosa animação nipônica criada por Akira Toriyama. Goku e seus amigos se reunem quando o vilão Freeza é trazido de volta à vida. O roteiro, assim como do filme anterior de 2013, é original e sem ligação com o mangá que originou a animação. Este é o primeiro filme de animação japonesa realizado com a tecnologia IMAX 3D. O público alvo, é claro, são os fans do manga e das animações japonesas e não terão do que reclamar quanto à qualidade gráfica do filme.

JESSABELLE – O PASSADO NUNCA MORRE

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(Jessabelle) Eua 2014. Dir: Kevin Greuter.  Com Sarah Snook, Brian Hallisay, Amber Stevens, Ana de la Reguera. Terror.

A jovem Jessie fica paraplégica depois de um acidente e volta a morar na casa que era de seus pais. Jessie passa a ser atormentada por um espírito maligno, preso na casa, disposto a destruí-la e cujo ódio está enraizado em segredos de seu passado.  O filme é dirigido e produzido pelo responsável pelos filmes “Jogos Mortais 6” e “Jogos Mortais – o Final”. O filme trata de assuntos clichês do gênero como casa mal-assombrada e possessão e só deve agradar aos fãs do gênero.

DIVERTIDA MENTE

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(Inside Out) EUA 2015. Dir: Pete Docter. Vozes : Amy Pohler, Diane Lane, Bill Hadre, Kyle MacLachlan, Paris Van Dyke. Dublagem Brasileira : Miá Mello, Dani Calebresa, Leo Jaime, Katiuscia Canoro, Sidney Magal, Octaviano Costa Animação.

A menina Ripley passa por um momento difícil quando seu pai arruma um emprego em São Francisco. Em conflito com suas emoções, a animação mostra o que se passa no interior de sua mente guiada pela personificação de seus sentimentos : alegria, tristeza, raiva, nojinho e medo. O diretor e o produtor já trabalharam juntos antes em “Up – Altas Aventuras” e agora apresentam uma história bem curiosa, que mexe com os preceitos da psicologia – ainda que claro superficialmente – para mostrar as dificuldades de se ajustar às mudanças e aos conflitos internos que muitas das vezes dificultam para as crianças. Bom programa para crianças e adultos, todos se identificarão com as situações retratadas e com a qualidade da

ENQUANTO SOMOS JOVENS

ENQUANTO SOMOS JOVENS

(While We’re Young) EUA 2015. Dir: Noah Baumbach. Com Ben Stiller, Naomi Watts, Amanda Seyfried, Adam Driver, Charles Grodin. Comédia Dramática.

Ben Stiller sempre demonstrou talento para ir além do papel de “humor involuntário” capaz de provocar com sua cara de “homem comum”, o que digo com o tom elogioso. Naomi Watts também não fica atrás e já provou ser uma atriz de recursos diversificados. Aqui, ambos interpretam um casal maduro entendiado com a vida a dois e que conhece um casal mais jovem (Driver & Seyfried) que provocará mudanças em seus conceitos. O filme inaugurou o Festival de Toronto de 2014 e traz um clima de humor mesclado ao drama que deve atrair mais a um público mais adulto.  O veterano Charles Grodin (Rapaz Solitário, Fuga a Meia Noite, Parece que foi ontem, A Dama de Vermelho) aparece em um papel menor, mas será reconhecido pelo público de 40 anos.

BOND 007 – OS DIAMANTES SÃO ETERNOS

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Na virada da década de 60 para 70, Albert Broccoli & Harry Saltzman estavam em um impasse: George Lazenby não era mais opção viável, apesar de ter havido uma tentativa de fazê-lo retornar apesar da rejeição dos fans, já que a bilheteria de “007 A Serviço de Sua Majestade” fora altíssima. Os nomes de Burt Reynolds e Adam West (o Batman do seriado de TV) foram cogitados, mas os produtores conseguiram convencer Sean Connery a retornar uma última vez, com um salário milionário para a época (em torno de $1,25 milhão de dólares).

Com locações em Las Vegas, Londres, Los Angeles e Frankfurt, o 7º filme do agente secreto 007 chegou às salas de exibição do Reino Unido em Dezembro de 1971, e no em Janeiro do ano seguinte no Brasil. A história foi adaptada do 4º livro escrito por Ian Fleming, publicado originalmente em 26 de Março de 1956. A história já começa com Bond confrontado por Brofeld e movido por instinto de vingança pela morte de Tereza no filme anterior. Bond mata Brofeld e volta a Londres onde o MI6 o envia para uma nova missão: Descobrir o que há por trás do contrabando de diamantes. Bond aceita a missão com relutância e desinteresse, trocando de identidade e entrando em contato com uma das contrabandistas, a bela Tiffany Case (Jill St.John, a primeira Bond Girl americana) que acaba ajudando Bond contra Brofeld, ainda vivo e o mentor por trás da construção de um potente canhão laser, criado com os diamantes roubados, e que planeja usar contra os Estados Unidos.

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A adaptação apenas aproveita superficialmente a trama dos diamantes do livro de Fleming já que o vilão do livro é um milionário megalomaníaco nos moldes de Goldfinger. Pensou-se, inclusive, de torná-lo o irmão de Goldfinger em busca de vingança, mas no final o roteiro, assinado por Richard Maibaum e Tom Mankiewics transformou a história em uma sequência dos eventos do filme anterior, embora tudo seja sutilmente abordado. Brofeld justifica seu retorno mostrando a Bond que sempre usa sósias de forma a confundir seus inimigos e escapar ileso. Assim justifica-se inclusive a troca de interpretes dos filmes anteriores. O ator inglês Charles Gray veio a ser o 4º ator a interpretar o vilão que o arqui inimigo de Bond.  Seria a última vez que Brofeld e a Spectre poderiam ser usados abertamente pois Kevin McClory, co-criador destes conseguira proibir judicialmente seu uso por Broccoli, na falta de um acordo que o satisfizesse. O filme foi dirigido por Guy Hamilton, o mesmo diretor de Godlfinger e a canção tema ficou a cargo de Shirley Bassey, também interprete de Goldfinger.

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Jill St John ficou com o papel de Tiffany Case que foi cogitado para Jane Fonda ou Faye Dunaway. O filme teve o orçamento de $ 7,2 milhões de dólares, lucrando seis vezes mais do que custou. Analisando a história revista por mim recentemente, Connery deixa visível seu cansaço e descontentamento com o personagem e o roteiro deixa margem para um excesso de piadinhas para disfarçar as fraquezas do roteiro. Jill St John é bonita, mas não mostra a mesma química que suas antecessoras como Bondgirl. De qualquer forma, o filme abriu a década de 70 para a milionária franquia, mas deixava no ar a pergunta: quem iria ser o substituto de Connery, que deixava bem claro que não continuaria.

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Connery ainda provaria que nunca se deve dizer nunca pois voltaria ao personagem de James Bond mais uma vez, mas isso é outra história para contar daqui a algum tempo.

BOND RETORNA AO BLOG SEMANA QUE VEM COM A ESTREIA DE ROGER MOORE NO PAPEL EM “COM 007 VIVA & DEIXA MORRER”.

CINEMA JURÁSSICO

MUNDO PERD

Sempre houve um grande interesse do ser humano pelos dinossauros, grandes lagartos como já diz o significado do nome, e que dominavam o planeta em uma época ainda anterior ao surgimento do homem. Logo, a ideia do convívio entre pessoas e dinos como perpetuado pela cultura pop nunca aconteceu. Mas, se por um lado os Flintstones estão equivocados, não há como negar a diversão de imaginar esse convívio que alimenta a ficção.

O escritor francês Jules Verne foi o primeiro a escrever sobre o assunto em um romance, no clássico “Viagem ao Centro da Terra” (Journey to the Center of the Earth), publicado em 1864. Nele, um grupo de exploradores encontram as tais criaturas vivas no interior do planeta. Contudo, Verne explorava o encontro com os dinos como um entre outros elementos da aventura. Coube ao bárbaro Arthur CONAN Doyle, o criador de Sherlock Holmes, a primeira aventura a explorar as possibilidades desse encontro na história que batizou de “O Mundo Perdido” (The Lost World) , publicado em 1912 onde um grupo de viajantes luta pela sobrevivência ao chegar em um platô na bacia amazônica onde os animais vivem alheios à extinção de sua espécie no mundo exterior. A história foi publicada em capítulos, entre abril e novembro do citado ano, na revista “The Strand Magazine”, a mesma em que Conan Doyle publicava as aventuras de Holmes.

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A TERRA QUE O TEMPO ESQUECEU

Outro renomado escritor se aventurou a imaginar como seria o contato entre o homem e os dinos no romance, de 1915, “A Terra que o Tempo Esqueceu” (The Land That Time Forgot) em que marinheiros naufragam próximo à imaginária ilha de Caprona, habitada por homens primitivos e … dinossauros. O livro, escrito por Edgar Rice Burroughs (o criador de Tarzan e John  Carter), foi um sucesso de vendas e gerou duas sequências “O Povo que o tempo Esqueceu” (The People that Time Forgot) e “Out of Time’s Abyss”. Posteriormente a série que ficou conhecida como a trilogia de Caspak, nome da região da ilha em que os personagens se confrontam como um mosaico da escala evolucionária onde homens de cro-magnon convivem com neanderthais. Burroughs não estava preocupado com as implicações corretas dos períodos pré-históricos retratados, mas em construir um grande épico narrativo que funcionou pois pouco tempo depois a saga foi republicada como romance.

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Não demorou para que o cinema decidisse adaptar essas histórias. Ainda em 1925, o diretor Hal Roach e seu filho realizaram a primeira adaptação do romance de Conan Doyle, tendo o próprio aprovado o resultado. Para baratear os custos, os dinossauros eram lagartos comuns maquiados para se parecerem com seus antepassados. O filme foi muito bem sucedido e foi o primeiro filme a ser exibido em vôo, por empresa que fazia a travessia de Londres a Paris. Impressionante foi o resultado obtido pelo técnico Willis O’Brian que usou miniaturas e a filmagem quadro a quadro (stop-motion) para dar a vida a dinossauros em “King Kong” em 1933. Foi, para a época, um avanço repetido por O’Brian no projeto mais audacioso entitulado “Um Milhão de Anos Atrás” (One Million B.C) em 1940 que retratava o conflito entre duas tribos de homens das cavernas com os gigantescos répteis como atração principal. Em 1963, o filme foi refeito a cores e já em plena época de contra-cultura explorando os dotes físicos de sua estrela Raquel Welch, aos 26 anos, em trajes de peles de animais que realçavam seu corpo escultural. Os dinossauros estavam lá novamente, mas a sensualidade dos papéis femininos já servia como atrativo adicional. O cartaz com Raquel Welch foi um dos mais famosos da época. Em 1960, também houve uma refilmagem de “O Mundo Perdido” (The Lost World) dirigida por Irwin Allen (o renomado produtor de séries clássicas como “Perdidos no Espaço” e “Tunel do Tempo”) e que trazia Jill St. John (futura Bond girl de “007 Os Diamantes São Eternos”) com a função de ser a bela em meio às feras. Seja perpetuando a técnica de stop motion (aprimorada pelo excelente Harry Harryhausen) ou fantasiando iguanas e outros répteis para se parecerem com os dinos, o fato é que a década de 60 e 70 seguiram com vários exemplares curiosos apesar de nenhum rigor científico como foi “Quando os Dinossauros Dominavam a Terrra” (When Dinossaurs Ruled the Earth) de Val Guest, em 1970, que chegou a ser indicado ao Oscar de efeitos especiais ou a adaptação de “A Terra que o tempo esqueceu” (The Land That Time Forgot) de 1974, com sua sequência lançada no ano seguinte.

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A TV importou o interesse pelos sauros em diversas produções como a clássica “O Elo Perdido” (Land of the Lost), ou mais tarde a paródia criada por Jim Henson “A Família Dinossauros” (The Dinossaurs) que popularizou os chavões “Querida, cheguei” e “Não é a mamãe”). Sem mencionar o uso desses animais em animações e HQs diversas ao longo das décadas, podemos dizer que esses foram de fato revividos com realismo inédito a partir da adaptação de “Jurassic Park – Parque dos Dinossauros” (Jurassic Park) em 1994, dirigido por Steven Spielberg a partir de um romance de Michael Chricton.

Desde o início dos anos 80, o autor planejava uma história sobre um pterodátilo despertando na Nova York moderna, mas as diversas ideias que vinham a sua mente não o deixavam plenamente satisfeito. Chricton decidu juntar ao seu caldeirão elementos de outro livro que escrevera “Westworld” sobre um parque temático que sai do controle e  juntou a isso críticas suas ao capitalismo selvagem e o medo da genética que abria caminhos teóricos que caminhariam para a engenharia genética. Chricton pôs a venda os direitos de filmagem do livro antes de sua publicação. Todos os estúdios fizeram propostas e os nomes de Joe Dante e Tim Brton chegaram a ser cotados para dirigir o filme. Foi a Universal e Steven Spielberg que transformaaram as plavars de Chricton em um dos filmes mais bem sucedidos da década de 90. O arqueólogo James Horner fez a consultoria e serviu de inspiração para o papel do dr.Alan Grant que quse ficou com Harrisson Ford, mas este recusou e o papel foi para Sam Neill. Muitas atrizes foram testadas para o papel da Dr.Ellie Sattler antes de Laura Dern. Jim Carrey e Sean Connery seraim inicialmente o Dr. Malcolm e John Hammond, papeis que focaram para Jeff Goldblum e Sir Richard Altenborough respectivamente.

J PARK ELENCO

O sucesso do filme fez aumentar a procura pelo curso de paleontologia e os dinossauros digitais em CGI impressionaram o mundo. John Hammond parecia um Walt Disney delirante, sempre vestido de branco falando da clonagem dos dinossauros com loucura e fascínio, sempre oposto pelo cinismo do Dr. Malcom despejando a teoria do Caos e sempre vestido em preto. Malcom era Chricton e Hammond era Spielberg, polos opostos de uma aventura que discutia em paralelo os limites da ciência. Três anos depois Spielberg dirigiu a sequência em que Chricton se apropriou do título do livro de Conan Doyle, que já era dominio público . “O Mundo Perdido – Jurassic Park” trouxe de volta Malcolm e Hammond que no primeiro livro morriam, em uma história claramente inspirada em King Kong. Na sequência em que o T-Rex ataca San Diego, um grupo de japneses corre pelas ruas falando em sua língua nativa em que diziam “Fugimos do Japão para escapar de coisas assim”, numa clara homenagem e citação ao clássico Godzilla. Bilheterias milionárias levaram ao terceiro filme dirigido por Joe Johnston (de Capitão \America – Primeiro Vingador) co  direito ao impressionante vôo dos pterodátilos e a volta de Sam Neill como o Dr.Alan Grant.  Agora mais de dez anos depois surge o quarto filme a ostentar a silhueta do tiranossauro, que na verdade pertence ao período cretáceo e não ao Jurássico. Também os mortíferos velociraptores reais não eram tão grandes quanto mostrados no filme. É claro que para curtit a aventura, não importa, os dinossauros estão de volta ao mundo.

IN MEMORIAN : CHRISTOPHER LEE

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Conheci meu mestre Christopher Lee ainda criança quando em uma dessas situações raras consegui ludibriar minha mãe para assistir na TV Tupi (Acho) ao filme “Horror of Dracula” de 1958. Era a primeira atuação do grande ator como o conde vampiro da Transilvania. Marcou toda uma geração. Bela Lugosi era muito bom como Dracula, mas Christopher Lee foi além pois acrescentava sedução em sua representação. Christopher Lee seduzia suas vítimas e os telespectadores que o assistiam mostrar as presas ensanguentadas e os olhos vermelhos (foi o primeiro intérprete de Drácula a fazer isso). Lembro de comprar a revista “Cine Mistério” edição 4 que trazia artigo e fotos sobre Lee e o filme. Pronto, me tornei ali seu discipulo. Naquela época os filmes produzidos pela Hammer, maioria dos quais eram estrelados por Christopher Lee e Peter Cushing, eram comumente exibidos na TV e eu assistia a todos quanto pudesse. Sir Christopher Frank Carandini Lee, nasceu em 22 de Maio de 1922 em Londres, Inglaterra. Começou usa carreira em 1948 no filme “Corridor of Mirrors” (Escravos do Passado) tendo tido uma pequena passagem pela TV britânica antes. Em 1957 foi chamado para o papel da criatura do Dr. Victor Frankenstein (Peter Cushing) quando a Hammer Films começou a revigorar os monstros sagrados do gênero terror. No ano seguinte, estrelou como Dracula repetindo o papel em seis sequências. Sua carreira, no entanto, foi muito além dos filmes de terror. Lee foi a múmia, Sherlock Holmes, Fu Manchu, Conde Rochefort (na versão setentista de Os Três Mosqueteiros), entre tantos outros.

CLee Dracula

Sua voz grave, seu olhar penetrante e sua fleuma britânica foram apresentados a uma nova geração no final da década de 90 quando Tim Burton lhe entregou uma participação especial em “A Lenda do cavaleiro sem cabeça” (Sleepy Hollow). Burton voltou a trabalhar com  Lee em outros projetos e nesse meio tempo Lee trocou os poderes vampíricos pelo lado negro da força como Conde Dookan em “Star Wars Episode II O Ataque dos Clones” em 2003. Já havia filmado com Peter Jackson também no papel do mago Saruman na trilogia “O Senhor dos Anéis” e, recentemente também na trilogia “O Hobbit” . Lee era o únicio ator a ter lido os livros de Tolkien e a tê-lo conhecido brevemente. Lee era formado em Literatura, adorava Heavy Metal e chegou a gravar um disco.

Clee Dookan

Poucos sabem que Christopher Lee era primo de segundo grau do escritor Ian Fleming, o criador de James Bond. Ele inclusive foi a escolha inicial para viver o Dr.No, mas o papel foi para Joseph Wiseman. Contudo, Lee veio a ter a oportunidade de trabalhar em uma outra adaptação de Fleming em 1974 em “007 Contra o Homem da Pistola de Ouro”, onde viveu o assassino Scaramanga cujo propósito é matar Bond. Sua morte noticiada nesta quinta feira por sua esposa deixou o mundo das artes mais pobre. Até mesmo o escritor Paulo Coelho e o crítico de cinema Rubens Ewald Filho são fãs do ator britânico que na vida real lutou contra os nazistas na Segunda Guerra e na ficção era muitos. Eu serei sempre seu Reinfield. Saudades eternas do maior Dracula do cinema. Que descanse em paz

CLee Saruman

ENPE – OS SERIADOS DE TV NO YOU TUBE

Amigos do blog nas últimas semanas chegou ao you tube um programa sobre seriados de Tv clássicos, o ENPE (E no p´roximo episódio) apresentado por Roosevelt Garcia e Leonardo Bussadori. O programa tem o papel de perpetuar a memória dos grandes seriados que já passaram em nossas Tvs. Eles mostram cenas de bastidores, contam a história do seriado, comentam sobre os episódios e detalham o excelente trabalho de dublagem feito no Brasil. É um programa que certamente apaixonará quem tem mais de 30 anos e traz a oportunidade para os pais apresentarem aos filhos séries que marcaram gerações como “I Love Lucy”, “Tunel do Tempo” etc… todas prometidas para breve. Já foram feitos dois programas, o primeiro sobre “Perdidos no espaço” e o segundo sobre “Jornada nas estrelas”. Vale a pena assistir e constatar como a TV  já foi mais inteligente, mais divertida, mais criativa.

BOND 6 – 007 A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE

O sexto filme de James Bond tem duas estreias : O diretor Peter Hunt e o sucessor de Sean Connery, o australiano George Lazenby. Ambos a serviço de uma das melhores aventuras de 007, ao contrário do que se convencionou falar. Hunt, era diretor de segunda unidade e montador de todos os filmes anteriores do agente secreto criado por Ian Fleming. A historia foi adaptada do 11º livro de Fleming e mostra Bond salvando a vida de Tracy Draco (Diana Rigg), filha de um chefão do crime internacional, que tenta cometer suicídio. Em gratidão, Marc Draco (Gabrielle Ferzetti) revela a Bond o esconderijo de Brofeld (Telly Savalas) nos Alpes Suiços e, com sua ajuda, descobre que os planos do líder da Spectre apontam para uma arma biológica capaz de eliminar a vida animal e vegetal, obrigando os governos mundiais a se dobrarem a seus pés. Em um desdobramento impensável, Bond se casa com Tracy, mas não há “felizes para sempre” pois Brofeld mata Tracy a sangue frio na frente de Bond. A adaptação segue fielmente o livro de Fleming.

bond 6

Até o lançamento de “Cassino Royale” em 2006, “007 A Serviço de Sua Majestade” era o filme mais longo de James Bond (142 minutos) e, ao contrário do que se pensa não foi um fracasso de bilheteria apesar da rejeição do público ao substituto de Connery.  O ex vendedor de carros e ex modelo  George Lazenby, então com 29 anos (o ator mais novo a interpretar o personagem já que Sean Connery tinha 33 anos quando começou) assinou um contrato para vários filmes, mas a rejeição do público não foi a única coisa que abreviou sua carreira no papel. Lazenby não se sentiu à vontade no papel e admitiu em entrevistas concedidas muito tempo depois que achava o papel pouco interessante comparado à produção cinematográfica da época. Se medirmos sua atuação, isento de favoritismo, percebemos que fisicamente seu Bond é convincente, apesar do carisma zero do ator. Também tornou-se notório os desentendimentos entre o novato Lazenby e os produtores. As diferenças envolviam também Lazenby e Rigg, sua co estrela. O próprio diretor muitas vezes se comunicava com Lazenby através de seu assistente.  Contudo, a história se sustenta apesar disso com movimentação frenética equilibrada com o inesperado romance entre Bond e Tracy. O papel de Tracy Draco, a única Bond girl que levou 007 para o altar quase ficou com Brigitte Bardot ou Catherine Deneuve, mas foi Diane Rigg que vinha da série de Tv inglesa “The Avengers” (nada a ver com os Vingadores dos quadrinhos Marvel) quem ficou com o papel e fez uma Bond girl no ponto certo, adequado à trama que se desenrola. Telly Savalas está maravilhosamente odiável como o antagonista, vestindo a pele de um Brofeld mais físico na trama. O ator, que anos mais tarde ganharia a fama na Tv no papel do detetive “Kojak”, da série de TV, se tornou o segundo rosto do vilão nas telas (Anthony Dawson não mostrou o rosto como Brofeld, apenas as mãos e Donald Plesance viveu o personagem de corpo inteiro no filme anterior “Com 007 Só se Vive Duas Vezes” . A luta contra Brofeld, ao final do filme, é eletrizante culminando com uma excelente perseguição na neve.

TELLY SAVALAS COMO BROFELD ANTES DE KOJAK

TELLY SAVALAS COMO BROFELD ANTES DE KOJAK

A trilha da abertura ficou na belíssima voz rouca de Louis Armstrong (mais lembrado pela comovente “What a Wonderful World”). O tema de Armstrong para o filme dá o tom de emotividade e fatalidade ao romance de Bond e Tracy e sua belíssima melodia está entre as melhores da série, sendo a última gravação na voz de Louis Armstrong, que morreu dois anos depois.

TODO O TEMPO DO MUNDO NÃO É O BASTANTE

TODO O TEMPO DO MUNDO NÃO É O BASTANTE

O filme teve um custo estimado em torno de 7 milhões de dólares, rendendo surpreendentemente quatro vezes mais internacionalmente. O filme foi lançado em uma movimentada premiere em 18 de dezembro de 1969, chegando aos cinemas brasileiros em Janeiro do ano seguinte. Um resultado muito bom considerando que Lazenby era um intérprete desacreditado. Chegaram a considerar incluir no roteiro a justificativa de que Bond teria feito cirurgia plástica para passar incógnito em suas novas missões, mas logo foi deixado de lado. Contudo, os produtores incluíram uma piadinha logo depois dos créditos iniciais quando Bond se vira e diz “This never happened to the other fellow “ (Isto nunca aconteceu com o outro cara). Necessário dizer algo mais ?

BOND RETORNA AO BLOG EM ALGUNS DIAS COM “007 OS DIAMANTES SÃO ETERNOS”

A VOLTA DOS FILMES CATÁSTROFES

TERREMOTO COM CHARLTON HESTON

TERREMOTO COM CHARLTON HESTON

A primeira vez que eu ouvi falar sobre a falha de San Andreas foi em “Superman – O filme” (Superman the movie) de 1978 quando o vilão Lex Luthor explica ao herói seus planos nefastos de jogar um míssel nuclear na citada geológica localizada no encontro de duas placas tectônicas, o que justifica os tremores na região da costa oeste americana, e que já causou um terremoto devastador que arrasou a cidade de San Francisco no início do século. O próprio cinema já retratou o fato em “São Francisco, A Cidade do Pecado” de 1936, estrelado por Clark Gable e Spencer Tracy, onde o terremoto só é mostrado no clímax do filme, logo um precursor do cinema catástrofe, como se convencionou chamar esse gênero popular e rentável, que se desenvolveu a plena força com o avanço dos efeitos especiais e que faz do cataclisma a principal linha narrativa.

BURT LANCASTER EM AEROPORTO

BURT LANCASTER EM AEROPORTO

O gênero, como tal,  é reconhecido como tendo nascido a partir do enorme sucesso de “Aeroporto” (Airport) de 1970, adaptação do romance de Arthur Hailey, dirigida por George Seaton. A história mostrava um homem bomba ameaçando explodir um avião prestes a pousar no fictício aeroporto Linconl. O elenco reunia Burt Lancaster, Dean Martin, Jacqueline Bisset e Van Heflin, este em seu último papel. As bases do gênero já aparecem: Elenco all-star representando papeis de pessoas comuns cujas vidas se entrelaçam por estar reunidos em um desastre iminente. O filme, último cuja trilha sonora foi assinada pelo excelente Alfred Newman, foi um campeão de bilheteria e elogiado pela crítica recebendo indicações ao Oscar, vindo a ganhar o de melhor atriz coadjuvante para Helen Hayes. O sucesso virou fórmula e de durante toda a década de 70, de tempos em tempos, os roteiristas de Holywood inventavam um novo desastre aéreo. Em “Aeroporto 75” (com o ano da sequência fazendo parte do título) Charlton Heston foi o piloto experiente que precisa ser transportado para dentro da cabine de um Boing 747 avariado depois da colisão com um jatinho particular. Dois anos depois, vem “Aeroporto 77” onde um Jumbo é sequestrado e jogado acidentalmente no mar, ficando todos os passageiros e tripulação a espera de um milagroso resgate ante que a pressão submarina esmague a fuselagem do avião e mate a todos. Em 1979, foi a vez de “Aeroporto 79 – O Concorde” explorando a então famosa aeronave que era considerada a mais avançada da engenharia aero-espacial. O único personagem comum a todos esses filmes era Joe Patroni, interpretado por George Kennedy, que no primeiro filme era o mecânico-chefe da Trans World Airlines e ao longo das sequências é promovido chegando a piloto e vice-presidente da empresa. Passando por tantos desastre, merecido.

GIGANTES EM CENA : PAUL NEWMAN & STEVE MCQUEEN EM "INFERNO NA TORRE"

GIGANTES EM CENA : PAUL NEWMAN & STEVE MCQUEEN EM “INFERNO NA TORRE”

Quem ganhou o status de rei do gênero na década de 70 foi o produtor Irwin Allen (que na TV foi o criador de séries cult como “Perdidos no espaço” e “Viagem ao Fundo do Mar”). Allen foi muito bem sucedido ao produzir “O Destino do Poseidon” (1972) sobre um navio que é virado de cabeça para baixo depois de atingido por um tsunami e “Inferno na Torre” (1974) sobre um enorme arranha-céu destruído por um terrível incêndio. Ambos foram grandes sucessos na época de seus lançamentos. Cada qual com uma constelação de astros e estrelas, mesclando veteranos e jovens talentos. “O Destino do Poseidon”, por exemplo, trazia Ernest Borgnine, Gene Hackman, Shelley Winters e Arthur O’Connell. Já “Inferno na torre” trazia Fred Astaire, Robert Wagner, Jennifer Jones, William Holden, Faye Dunaway e no centro das atenções os astros Paul Newman e Steve McQueen. O filme foi fruto da união de dois roteiros idênticos, adaptados de livros diferentes  com mesma temática : The Tower, de Richard Martin, comprado pela Fox e The Glass Inferno, de Thomas Scortia, comprado pela Warner. O projeto foi desenvolvido pelos dois estúdios com o roteirista Stilling Sillphant mesclando situações e personagens de ambos os livros. O maior desafio, no entanto, foi conter egos inflados, no caso de Steve McQueen, que vinha de uma longa rivalidade com Paul Newman. Projetos para que ambos atuassem juntos haviam sido engavetados ou tocados com outro elenco devido às exigências de Steve McQueen. Este só aceitou fazer “Inferno na Torre” desde que seu personagem, o chefe dos bombeiros tivesse o mesmo número de falas do personagem de Newman, que o nome de ambos aparecem no letreiro do filme ao mesmo nível, sem mencionar que o personagem de McQueen ficou com o destaque como o salvador da pátria. De qualquer forma, todos os estúdios exploraram o filão na década de 70 e assim a todo momento a mãe natureza tornava-se a vilã, responsável por um cataclisma de maior ou menor proporção: abelhas assassinas, avalanches, inundações, meteoros, tudo era motivo para se transformar em um espetáculo épico.

ELENCO REUNIDO EM "O DESTINO DO POSEIDON"

ELENCO REUNIDO EM “O DESTINO DO POSEIDON”

Em 1974 chegou às telas “Terremoto” (Earthquake) dirigido por Mark Robson mostrando Los Angeles destruída e tendo Charlton Heston à frente do elenco que inclui até mesmo George Kennedy, o Joe Patroni de “Aeroporto”, no papel de um policial. Em sua estreia nas salas americanas o filme empregou o sistema “Sensurround”, onde nos momentos em cena em que os tremores ocorrem, as cadeiras tremem como em um simulador.

A década de 80 trouxe a supremacia dos filmes de ação estilo exército de um homem só e os filmes catástrofes foram perdendo força. Mas, na década seguinte seriam logo retomados graças ao avanço dos efeitos digitais: vulcões explodiram em “O Inferno de Dante” e “Volcano a fúria”, meteoros e cometas colidiram com a terra em “Impacto Profundo” e “Armageddon” e até Sylvester Stallone misturou o gênero ação com filme catástrofe em “Daylight”, com resultado inferior no entanto. Quem na década de 90 tomou de Irwim Allen o posto de rei dos desastres foi o diretor de origem alemã Rolland Emmerich. Dele são os filmes “Independence Day” (Invasão Marciana), “O Dia Depois de Amanhã” (Inversão térmica global) e “2012” (O Apocalipse previsto pelos Maias). Em todos um esmero técnico impressionante graças ao avanço dos efeitos digitais, mas sem o o glamour do qual o gênero gozou outrora.

O DIA DEPOIS DE AMANHÂ

O DIA DEPOIS DE AMANHÂ

A vida real provou que é mais assustadora que qualquer filme catástrofe quando um ataque terrorista sem precedentes destruiu as torres gêmeas do World Trade Center em Setembro de 2001. Pouco tempo depois, o cinema retratou o fato em dois filmes: “WTC” (2006) e “Võo UNited 93″  (2006) trágico e emocionante é a história mostrada em “O Impossível” , também baseada em fatos reais, sobre uma família que luta pela sobrevivência na Tailândia quando atingida por um tsunami. A sequência da onda gigantesca invadindo o local é um primor técnico e assustadora constatação de que não importa toda a tecnologia e intelecto humano, a natureza é o poder supremo. A mesma constatação deve ser observada agora com a chegada de “Terremoto : A Falha de San Andreas” (San Andreas) que concretiza nas telas previsões de que um dia a Califórnia e toda a costa oeste americana afundará no mar como resultado em um tremor assustador. O cinema se antevê com a segurança de que quando as luzes se acenderem voltamos ao conforto da realidade, por si só já por demais desastrosa.

MEMÓRIAS DE UM CINÉFILO : AS REFILMAGENS

O novo Poltergieist (sem Carol Anne)

O novo Poltergieist (sem Carol Anne)

A recente estreia de Poltergeist nos cinemas é apenas mais uma entre tantas refilmagens que têm chegado aos nossos cinemas. Geralmente, quando este é o assunto, criamos o bloqueio imediato de nos apegar ao filme original, uma automática busca pelo que já ocupa nossa memória afetiva. Lembro que a primeira refilmagem a que assisti nos cinemas foi “A Mosca” (The Fly) de 1986. Eu conhecia o filme original, entitulado “A Mosca da cabeça branca” , das incontáveis reprises de Tv que eu acompanhava (uma época sem TV por assinatura, mas que era melhor em muita coisa). A premissa básica era a mesma uma máquina de teleporte (antigo sonho da ciência), criada por um cientista acidentalmente funde seu corpo à cabeça de uma  mosca que inadvertidamente entra na máquina. Contudo, sua aparência horrenda só surge no final do filme quando sua esposa o confronta. Na nova versão, Jeff Goldblum é o cientista gradativamente metamorfoseado em uma mosca humana diante dos olhos do público. A impressionante maquiagem (a cargo de Chris Wallas) e os efeitos especiais surgiram em um momento de maior apuro técnico, consagração do cinema-nojo, mas com um roteiro bem escrito capaz de valorizar as atuações do trio central (Jeff Goldblum – Geena Davis – John Getz).

A transformação de Jeff Goldblum  na mosca de 1986.

A transformação de Jeff Goldblum na mosca de 1986.

Essa capacidade de melhorar uma história já contada é a justificativa para as refilmagens (ou como chamadas em inglês um remake) empregando todos os avanços técnicos e narrativos para reinventar a história ou aproximá-la mais do material original que adapta. Foi assim com Tim Burton quando ele refilmou “A Fantástica Fábrica de Chocolate” (Willy Wonka & The Chocolate Factory) em 2006. O filme original, estrelado por Gene Wilder, de 1971 marcou minha geração mas nunca agradou Rhoad Dhal, seu autor. O resultado da refilmagem foi respeitoso, mas não tira da memória afetiva a imagem de Gene Wilder, afetuoso e misterioso sem os exageros de Johnny Depp. Contudo, resultado oposto foi alcançado pelo mesmo Tim Burton quando, em 2001, refilmou o clássico de Pierre Boulle “O Planeta dos Macacos” (The Planet of The Apes). Apesar de uma elogiosa maquiagem e de um bom elenco com destaque para Tim Roth, o filme de Tim Burton é insosso, não empolga e está muito longe do impacto original sem despertar as mesmas discussões filosóficas que instigaram gerações que viram o filme estrelado por Charlton Heston, esmurrando o chão da praia em frente da estátua da liberdade.

Dracula nenasceu mais fiel às suas origens literárias nas mãos de Coppola.

Dracula nenasceu mais fiel às suas origens literárias nas mãos de Coppola.

Desnecessário foi a refilmagem de “Psicose” (Psycho) feita por Gus Van Sant em 2000. Apesar de certa reverência ao original já que o diretor seguiu passo a passo, cena a cena, as mesmas tomadas, os mesmos ângulos de câmera. Mas faltou o principal em um filme de Alfred Hithcock … o próprio Hitchcock. A prova disso é que o mestre do suspense conseguiu o feito extraordinário de refilmar a si mesmo : Em 1934 filmou “O Homem que Sabia Demais” (The Man Who Knew Too Much) sobre uma conspiração de assassinato que inadvertidamente chega ao conhecimento de um médico em férias. 22 anos depois, o mítico diretor trouxe James Stewart e Doris Day para a refilmagem homônima e com resultado impressionante. O próprio Hitchcock declarou “ O primeiro filme foi feito por um amador e o segundo por um profissional.”

Hithcock perfeito

Hithcock perfeito

O mesmo se deu com o diretor Leo McCarey que filmou uma linda história de amor entre um solteirão charmoso e uma mulher comprometida em “Duas Vidas” em 1939. O mesmo diretor trouxe Cary Grant e Deborah Kerr para a mesma história rebatizada como “Tarde demais para esquecer”. Cecil B.De Mille também é outro diretor da Hollywood clássica que refilmou seu próprio trabalho em duas ocasiões bem tecnicamente bem distintas: Em 1923, em plena era do cinema mudo fez “Os Dez Mandamentos” (The Tem Comandments), que refilmou em 1957 já com o recurso do som. Ano passado a história de Moisés foi reinterpretando o mito por traz da fuga dos judeus e das pragas egipcias. Outra reinterpretação que funcionou foi o caso de “A Mumia” (The Mummy) , clássico do terror em 1932 estrelado por Boris Karrloff transformado em uma genérico de Indiana Jones na versão de 2001 estrelada por Brendan Fraser. Já Simon Wells, neto do lendário escritor H.G.Wells dirigiu a refilmagem de “A Máquina do Tempo” em 2003 e conseguiu um elogioso resultado que, se por um  lado jamais tira do imaginário popular o filme original (no caso de 1960), por outro criou um espetáculo atraente para as novas gerações. Diferente totalmente da refilmagem de “O Dia em que a terra Parou” (The Day The Easrth Stood Still), completamente despersonalizada na nova versão estrelada por Keanu Reeves em 2001 e, por isso, muito aquém do filme que o inspirou, um clássico da ficção cientifica da década de 50.

A Maqjuina do tempo recriada pelo neto de H.G.Wells. Na foto o ator Guy Pearce.

A Maqjuina do tempo recriada pelo neto de H.G.Wells. Na foto o ator Guy Pearce.

Concluimos que a refilmagem não é nenhum fenômeno recente, nem estratégia desprezível, mas se não for justificável não chega aos pés do filme que a originou. Tivemos agora a refilmagem de “Poltergeist” que não está despertando o mesmo interesse de antes, e já se anuncia para breve as refilmagens de “Caçadores de Emoção” (Point Break) e “Ben Hur”.  Como veem, muito mais está para vir. Abaixo minha lista pessoal de melhores e piores refilmagens. O que acha ? Concorda ou discorda ? Algum outro título a acrescentar ? Até mesma isto pode ser remade !!

MELHORES REFILMAGENS :

1- A MOSCA (THE FLY) – ORIGINAL DE 1958 REFEITO EM 1986.;

2- O HOMEM QUE SABIA DEMAIS (THE MAN WHO KNEW TOO MUCH) – FILME ORIGINAL DE 1934 REFEITO EM 1956

3- TARDE DEMAIS PARA ESQUECER (AN AFFAIR TO REMEMBER) – FILME ORIGINAL DE 1939 REFEITO EM 1957

4- ONZE HOMENS & UM SEGREDO (OCEAN’S ELEVEN) – FILME ORIGINAL DE 1960 REFEITO EM 2001.

5- DRACULA DE BRAM STOKER (BRAM STOKER’S DRACULA) – FILME ORIGINAL DE 1930 REFEITO EM 1994.

6- O PAI DA NOIVA (THE FATHER OF THE BRIDE) – FILME ORIGINAL DE 1950 REFEITO EM 1991.

7- A GAIOLA DAS LOUCAS (THE BIRDCAGE) – FILME ORIGINAL DE 1978 REFEITO EM 1995.

8- A MÚMIA (THE MUMMY) – FILME ORIGINAL DE 1933 REFEITO EM 1999.

9- O CABO DO MEDO (CAPE FEAR) – FILME ORIGINAL DE 1962 REFILMADO EM 1991.

10- OS INFILTRADOS (THE DEPARTED) – FILME ORIGINAL DE 2002 REFEITO EM 2007.

CENA DE O CABO DO MEDO

CENA DE O CABO DO MEDO

PIORES REFILMAGENS

1- O PLANETA DOS MACACOS (THE PLANET OF THE APES) – FILME DE 196B REFEITO EM 2001.

2- GODZILLA (GODZILLA) – FILME DE 1956 REFEITO EM 1998.

3- O DIA EM QUE A TERRA PAROU (THE DAY THE EARTH STOOD STILL) – FILME DE 1951 REFEITO EM 2001.

4- PSICOSE (PSYCHO) – FILME DE 1960 REFEITO EM 2000

5- O MASSACRE DA SERRA ELETRICA (THE TEXAS CHAINSAW MASSACRE) – FILME DE 1974 REFEITO EM 2003

6- FOOTLOOSE – FILME DE 1984 REFEITO EM 2011.

7- A HORA DO PESADELO (A NIGHTMARE ON ELM STREET) – FILME DE 1984 REFEITO EM 2001.

8- FAMA (FAME) – FILME DE 1981 REFEITO EM 2012.

9- A HORA DO ESPANTO (FRIGHTNIGHT) – FILME DE 1985 REFEITO EM 2011.

por Adilson Cinema